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Em janeiro deste ano, o gigante chinês de eletrodomésticos Midea concluiu a aquisição do fabricante de robôs da Alemanha Kuka. Muitos consideram que o negócio é um caso exemplar da combinação entre as estratégias "Fabricado na China 2025" e "Indústria 4.0". O membro do Comitê Consultivo de Estratégia Nacional de Manufatura, Li Xinya, concorda com a avaliação.
"Podemos dizer que o momento atual é o melhor para os dois países reforçarem a cooperação no setor manufatureiro. A China tem mais investimentos na Alemanha, além de comprar muitas empresas alemãs. A Alemanha está numa posição de liderança do mundo no setor manufatureiro, especialmente na fabricação de equipamentos. Apesar de ter vantagens próprias, a China deve aprender mais com a Alemanha neste setor."
A Alemanha é o país europeu que transfere mais tecnologia à China. Até maio deste ano, o valor total dos contratos de introdução tecnológica da Alemanha na China ultrapassou US$ 76,8 bilhões. O membro da Academia Chinesa de Engenharia, Liu Baicheng, explica o desenvolvimento chinês.
"Em comparação com a Alemanha, a China é apenas um grande país, mas não uma potência no setor manufatureiro. É necessário consolidar as bases e fortalecer os elos mais fracos. Portanto, a estratégia 'Fabricado na China 2025' alistou cinco projetos básicos como prioridades. Assim, a China poderá seguir e até alcançar o nível avançado pela manufatura alemã."
As tecnologias avançadas são uma vantagem da Alemanha, enquanto a China tem atrativos como mercado e capitais. Por exemplo, com a aquisição concluída, o grupo Midea ajuda a empresa Kuka a entrar no mercado chinês. Por outro lado, a Kuka pode ajudar a Midea a elevar a eficiência produtiva. É a exata consolidação de um benefício recíproco, segundo o especialista em indústria de equipamento Zuo Shiquan.
"A China está promovendo a atualização do consumo, incluindo a transformação inteligente das empresas. Assim, os consumidores precisam mais produtos de médio e alto nível, e as fábricas precisam de mais equipamentos inteligentes. Neste aspecto, a Alemanha está diante de um grande mercado potencial na China."
Nos últimos anos, além de criar mecanismos de cooperação para conectar as estratégias "Fabricado na China 2025" e "Indústria 4.0", China e Alemanha têm estreitado a cooperação em áreas como ciências básicas e ciências aplicadas. Os dois países, por exemplo, estabeleceram a plataforma de cooperação na indústria de inovação que abrange diferentes áreas.
(tradução: Shi Liang revisão: Rafael Fontana)