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Segundo dados da Administração Geral das Alfândegas da China, em 2016, o valor do comércio entre os dois países cresceu 2,2%. Nos primeiros cinco meses deste ano, o comércio bilateral atingiu 223,1 bilhões de yuans, uma alta de 33,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O especialista da Academia Chinesa de Comércio Internacional e Cooperação Econômica, Bai Ming, frisa a importância da complementariedade.
"O fundamento para o crescimento do comércio entre a China e a Rússia reside na forte complementaridade comercial. A China exporta à Rússia principalmente produtos têxteis e eletromecânicos, enquanto a Rússia exporta à China produtos primários, como petróleo, gás natural e minerais."
No último mês de junho, o vice-ministro russo do Desenvolvimento Econômico, Alexei Gruzdev, afirmou à imprensa que, neste ano, a cooperação econômica e comercial entre a China e a Rússia mostra uma tendência de desenvolvimento positivo. Segundo ele, as exportações russas à China mantêm um aumento constante, não apenas de commodities, como petróleo e minerais, mas também de produtos agrícolas e equipamentos eletromecânicos. Segundo a previsão do vice-ministro, seguindo a tendência atual, o comércio bilateral pode chegar a US$ 80 bilhões no fim deste ano.
Atualmente, a Rússia mantém uma situação econômica estável, registrando incremento de vários índices. No primeiro trimestre deste ano, os investimentos diretos estrangeiros da Rússia cresceram 2,3% em comparação com o mesmo período do ano passado. O PIB do país registrou aumento por três trimestres consecutivos. Os números demonstram que a recuperação econômica da Rússia atravessa uma nova fase, de acordo com o especialista Bai Ming.
"A China e a Rússia possuem ainda mais potencial e espaço de complementaridade a serem explorados. Nos últimos anos, há cada vez mais produtos chineses de alta qualidade acolhidos pelos russos. Ao mesmo tempo, com o rápido desenvolvimento do comércio eletrônico na China, muitos consumidores da Rússia preferem comprar produtos chineses pelas plataformas eletrônicas", disse.
Além disso, segundo Bai Ming, os mecanismos internacionais de cooperação oferecem plataformas maiores para o comércio entre a China e a Rússia.
"No futuro, as plataformas de cooperação entre os dois países serão cada vez maiores. E agora, por exemplo, os dois países podem aproveitar a plataforma da Organização para Cooperação de Shanghai para estreitar ainda mais as relações econômicas e comerciais. Ainda no mês de setembro deste ano, a 9ª Cúpula do Brics será realizada em Xiamen, China, os dois países terão mais espaço de diálogo e mais oportunidade de comércio", afirmou.
(tradução: Shi Liang revisão: Rafael Fontana)