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Foi realizado no dia 21 na sede da União Africana em Adis Abeba, capital etíope, o Diálogo de Alto Nível China-África para o Desenvolvimento e Redução da Pobreza. O evento inaugurou também o Fórum de Think-tanks China-África. O chanceler chinês, Wang Yi, e o presidente da União Africana, Moussa Faki, compareceram ao diálogo e ambos proferiram discursos.
Wang Yi apontou que há cerca de 400 milhões de africanos que vivem abaixo da linha de pobreza, e na China mais de 40 milhões de pessoas precisam sair da pobreza, por isso, as duas partes trabalham em conjunto para reduzir estes números e procurar o desenvolvimento comum, o que é uma responsabilidade para as próximas gerações e uma exigência para o progresso da sociedade.
"A China quer trocar experiências com a parte africana sobre a administração e a governança, esclarecer as ideias de desenvolvimento e redução da pobreza, procurar as respectivas vantagens e a direção das cooperações, e achar formas de reduzir a pobreza que correspondam às necessidades dos diferentes países africanos. Queremos compartilhar sem reservas as nossas experiências, mas não obrigamos ninguém a aplicar nossas ideias."
Moussa Faki mostrou acolhimento aos especialistas e intelectuais chineses que participaram do diálogo. Ele espera que essa plataforma possa impulsionar o verdadeiro efeito das cooperações bilaterais na redução da pobreza.
"As relações sino-africanas vêm conseguindo importantes progressos sob os princípios de igualdade, confiança, respeito mútuo e benefícios recíprocos. O Fórum de Cooperação China-África gerou novas forças motrizes para as cooperações frutíferas entre as duas partes. A África e a China também aprendem um com outro sempre. A experiência mais importante que tiramos no desenvolvimento da China é que o país asiático envidou muitos esforços para sair da pobreza com sua própria força."
O livro "Sair da Pobreza" escrito pelo presidente chinês, Xi Jinping, foi exibido no evento. Muitas importantes ideias e medidas de luta contra a pobreza atraíram a atenção dos participantes africanos. O colunista do jornal Lesotho Post, Mothibi, disse:
"As pessoas que vivem na pobreza têm problemas parecidos, e a China daquele tempo é muito semelhante à África de hoje. Na minha terra natal tem um provérbio que diz: a gente só faz novos escudos quando tiver velhos escudos como modelo. Esse livro pode trazer muitas referências e lições para a redução da pobreza na África."
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Layanna Azevedo