A maioria das mortes das guerras do século 21 ocorre em cidades. Muitas pessoas enfrentam ameaças de violência devido à ocorrência frequente dos conflitos armados. A informação foi divulgada nesta terça-feira (20) no relatório do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, pela ocasião do Dia Mundial do Refugiado.

Para o chefe de operações do Comitê Internacional da Cruz Vermelha para o Oriente Médio, Robert Mardini, a violência urbana resultará em muita miséria, que influenciará gerações. Ninguém é poupado. Ele apelou por mais atenção internacional do fenômeno.

De acordo com o documento, chamado de "Eu vi minha cidade morrer", as guerras urbanas já se tornaram uma normalidade. Os civis têm menos oportunidade de escapar do combate, mas sofrem maiores danos pessoais. Isso porque os dois lados da luta não podem distinguir os alvos militares e as instalações de infraestruturas civis. Nos últimos três anos, 70% das vítimas civis morrem nos conflitos em cidades da Síria e do Iraque.

O relatório destaca que as guerras ocorridas na Síria, no Iraque e no Iêmen causaram o deslocamento de grande uma quantidade de pessoas e a tendência de migração. Mais de 17 milhões de cidadãos sírios, iraquianos e iemenitas já deixaram suas terras.

Tradução: Zhao Yan

Revisão: Diego Goulart