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Realizou-se hoje (19) em Beijing, capital chinesa, a primeira reunião dos Ministros das Relações Exteriores dos Países do BRICS. O chanceler chinês, Wang Yi, e seus colegas do Brasil, Aloysio Nunes, da Rússia, Sergey Lavrov, da África do Sul, Maite Nkoana-Mashabane, e da Índia, Vijay Kumar Singh, trocaram opiniões sobre o desenvolvimento do BRICS, a preparação para a Cúpula do BRICS de Xiamen, a ser realizada em novembro deste ano, e outras questões internacionais de interesses comuns.
Wang Yi presidiu o encontro. Ele disse que a China quer junto com outros países do BRICS aprofundar as cooperações em novas áreas e construir uma parceria ampla para abrir a segunda "década de ouro" do bloco.
"O mecanismo do BRICS pertence não só aos cinco países, mas também a todos os países em desenvolvimento e todos os mercados emergentes. Devemos continuar aplicando o espírito de abertura, abrangência, cooperação e ganho mútuo, promover o reconhecimento das diferentes culturas e a cooperação entre os diferentes modelos de desenvolvimento, e ampliar o 'círculo de amigos' do BRICS para defender os interesses dos países em desenvolvimento no geral."
No comunicado publicado após o encontro, os cinco ministros reafirmaram seu apoio a uma globalização mais equilibrada e sua oposição ao protecionismo comercial. Além disso, as mudanças climáticas e a luta contra o terrorismo também são preocupações dos chanceleres.
O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Aloysio Nunes, não escondeu sua decepção com a decisão dos Estados Unidos de se retirar do Acordo de Paris, mas acredita na força dos países do BRICS para impulsionar o processo de adaptação para as mudanças climáticas. Nunes afirmou:
"Eu penso que o engajamento dos nossos países, pelo peso específico que nossos países têm, seguramente será um fator importante da implementação desse acordo".
O chanceler russo, Sergey Lavrov, ainda enfatizou que os países do BRICS devem acelerar a multipolarização mundial e a democratização das relações internacionais.
"O BRICS é o bloco dos maiores mercados emergentes do mundo e representa os interesses comuns dos países em desenvolvimento. Estamos tentando aperfeiçoar o sistema internacional de administração econômica, que já não pode satisfazer as exigências do atual mercado global. Vamos usar a sabedoria coletiva para tratar as divergências através de meios políticos e diplomáticos, respeitar a posição central da ONU e combater o terrorismo conforme os princípios da Lei Internacional."
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Layanna Azevedo