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Terminou hoje (12) na cidade de Fuzhou, na província de Fujian, no sudeste da China, o Fórum dos Partidos Políticos, Think-Tanks e Organizações Não Governamentais dos Países do BRICS. Para especialistas, o mecanismo do BRICS será uma importante força para a paz e o desenvolvimento mundial.
O economista chinês e vice-reitor da Universidade Renmin, Wu Xiaoqiu, disse que o termo BRICS foi criado como um conceito econômico. Mas com o passar do tempo, o mecanismo já ultrapassou o âmbito econômico, sendo agora uma plataforma de cooperação entre países em desenvolvimento.
"Sua função se ampliou. O BRICS se tornou uma plataforma diplomática multilateral, uma plataforma de consulta sobre assuntos internacionais, e uma plataforma para que as vozes dos países emergentes sejam ouvidas."
O presidente do Instituto Chongyang para Estudos Financeiros, Wang Wen, afirmou que nos últimos dez anos, os países que tiveram os maiores crescimentos foram todos emergentes.
"Os países do BRICS contribuem mais do que os tradicionais países desenvolvidos para o crescimento da economia global. O mais importante é que esses países almejam igualmente um sistema econômico internacional mais justo, democrático e equável."
A opinião de Wang Wen ganhou forte respaldo da diretora do Instituto de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (INCIDE), Renata Boulos.
"Eu acho que o BRICS tem um papel muito importante, que demonstra um outro tipo de relações internacionais e um outro tipo de diplomacia. É um contraponto a uma diplomacia norte-americana que pensa muito mais em conflitos, armas e guerras. O BRICS apresenta uma alternativa que é trabalhar conjuntamente entre os países, uma visão de que o mundo internacional é um mundo de cooperação e de crescimento. E não é um cenário onde só existe guerras, bombardeios e inimigos."
O presidente da Fundação Alexandre de Gusmão, Sérgio Lima, afirmou que o Brasil é um país favorável à paz. Ele citou como exemplo as graves divergências territoriais com a Argentina, que foram resolvidaspor meios diplomáticos. Hoje, o Brasil e a Argentina mantêm cooperações amplas e amistosas. Neste aspecto, a China é um bom exemplo. Para Lima, a China mantém sempre uma postura amistosa, pacífica e construtiva no cenário internacional.
"São países que somam um objetivo de criar condições por uma governança mais sadia e mais próspera. Nada substitui uma atitude construtiva e uma atitude respeitosa entre os países. Eu acho que isso a China e o Brasil têm em comum. É algo importante para a comunidade internacional."
Tradução: Inês Zhu
Revisão: Layanna Azevedo