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Este ano marca o 25º aniversário da independência dos países da Ásia Central. Atualmente, existe uma grande diferença nas situações política, econômica, diplomática e de segurança entre os países da região, mas em geral, a tendência de desenvolvimento não apresenta mudanças. O editor-chefe do Livro Amarelo da Ásia Central e vice-diretor do departamento de estudos da Europa Oriental e Ásia Central da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Sun Li, deu sua opinião.
"Nos últimos 25 anos, os países da Ásia Central têm mantido características diferentes no desenvolvimento. Nesses anos, oferecemos muita atenção à diversidade política, à dificuldade e complexidade econômicas, bem como ao papel das potências da Ásia Central na salvaguarda da estabilidade regional."
Segundo o Livro Amarelo da Ásia Central, em 2016, a Ásia enfrentou dificuldades econômicas, aumento das questões sociais e dos desafios de segurança. Esses fatores provocaram a elevação da crise de segurança política dos países da região. Na área econômica, ainda não foram resolvidas de forma eficaz as questões sobre a estrutura econômica de alguns países. E no aspecto de segurança, ações violentas e terroristas ocorreram na região, no entanto, a segurança regional ainda pôde ser controlada.
Além disso, o Livro foca principalmente nas relações bilaterais, indicando que nos últimos 25 anos desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e a Ásia Central, os dois lados já se tornaram parceiros cooperativos estratégicos, de "bons vizinhos, parceiros e amigos". A influência das duas partes continuou se ampliando no palco regional e internacional.
"A Ásia Central é vizinha da China, e é também uma região importante para desenvolver o cinturão econômico da rota da seda. A segurança e estabilidade regional desempenham um papel positivo no alavancamento da construção do "Cinturão e Rota"."
A Ásia Central e a Organização para Cooperação de Shanghai mantêm uma relação estreita. O Livro Amarelo da Organização para Cooperação de Shanghai disse que a entidade deve assumir seu papel de acoplamento dos países correspondentes na construção do "Cinturão e Rota" e priorizar a construção de infraestruturas, cooperação de produtividade, cooperação financeira e agrícola. O Livro também indica que a entidade já possui condições favoráveis para atualizar seu mecanismo após a integração da Índia e do Paquistão ao bloco.
O vice-diretor do departamento de estudos da Eurásia do Instituto de Estudos Internacionais da China, Li Ziguo, considera que a OCS deve resolver uma série de questões regionais desde sua fundação, e que a entidade precisa ser ainda mais atualizada conforme as mudanças do desenvolvimento econômico e da segurança regional dos países correspondentes.
"Ainda existem muitas questões que não foram resolvidas, como a questão de segurança. E no aspeto econômico, não ganhamos um grande processo de integração econômica. Já concretizamos a meta da primeira fase, mas precisamos de nova energia, ou seja, devemos criar zonas de livre comércio, para promover a economia na segunda fase. Por isso, o mecanismo da OCS tem que ser atualizado."
Tradução: Virgília Han
Revisão: Layanna Azevedo