Os ministros das Relações Exteriores de Argélia, Egito e Tunísia enfatizaram ontem (5) que se deve evitar o agravamento dos conflitos na Líbia e que os lados envolvidos devem resolver a crise do país sem intervenção estrangeira.

O ministro das Relações Exteriores da Argélia, Abdelkader Messahel, o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry e o ministro das Relações Exteriores da Tunísia, Khemaies Jhinaoui, se reuniram em Argel para discutir sobre os problemas da Líbia. As três partes publicaram um comunicado afirmando que todos os lados na Líbia devem cumprir o acordo político feito em 2015 e resolver os conflitos por diálogos políticos.

Os três ministros pediram que sejam evitadas ações que compliquem a situação ou agravem os conflitos. Caso a segurança da região piore, facilitará a expansão de grupos terroristas.

Segundo o comunicado, os três países devem intensificar as cooperações em termos de segurança, sobretudo na troca de informações e de inteligência para lutar contra o terrorismo de maneira mais eficiente. O comunicado também propõe encontros regulares entre os países vizinhos da Líbia para elaborar análises de conjuntura do país.

Após o fim da Guerra Civil Líbia, a situação política do país se agravou. Em agosto de 2014, o grupo armado "Amanhecer Líbio" tomou o controle da capital da Líbia, Trípoli, fazendo com que o governo líbio e a Câmara dos Representantes se refugiassem em Tobruk. Em seguida, o grupo "Amanhecer Líbio" apoiou a continuação da operação do Congresso Geral Nacional e formou o Governo de Salvação Nacional. Com as intervenções da ONU, os membros da Câmara dos Representantes e do Congresso Nacional Geral assinaram em dezembro de 2015 o "Acordo Político Líbio", concordando com o fim da divisão do país e na formação de um novo governo. No entanto, nenhuma parte cumpriu o acordo e o país ainda encontra-se dividido.

Tradução: Chen Zixin

Revisão: Layanna Azevedo