No dia 12 de dezembro de 2015, os 196 signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas ratificaram o Acordo de Paris, documento que estipula as ações globais contra as mudanças climáticas após 2020.
Até outubro de 2016, menos de um ano desde o seu lançamento, o Acordo de Paris já reunia condições para entrar em vigor. Ela havia sido ratificado, aceito, confirmado ou aderido por pelo menos 55 países participantes da Convenção-Quadro. O documento começou a vigorar 30 dias depois, se tornando um dos acordos internacionais multilaterais a entrar em vigor mais rapidamente.
O abandono dos EUA do Acordo de Paris não foi uma decisão impensada. Já na campanha eleitoral, o candidato republicano Donald Trump havia qualificado as pesquisas científicas sobre as alterações climáticas como "fraude". Segundo o presidente norte-americano, o Acordo de Paris traz para os EUA graves encargos financeiros e econômicos, prejudicando as indústrias petrolífera e de carvão do país.
A justificativa, no entanto, foi rejeitada por analistas. Eles defendem que o número de postos de trabalho gerado pelo setor de novas energias supera com folga o das indústrias tradicionais nos EUA. Dados divulgados pelo Departamento de Energia norte-americano indicam que mais de 160 mil pessoas trabalham no setor petrolífero e de carvão, enquanto 374 mil no de energia solar.
As mudanças climáticas têm-se demonstrado um desafio comum para os seres humanos. O Acordo de Paris, portanto, possui um amplo apoio global. A retirada dos EUA não deverá mudar a tendência de cooperação mundial no combate ao aquecimento global. Sob os conceitos de inovação, coordenação, sustentabilidade, abertura e desenvolvimento compartilhado a China vai continuar a se empenhar pelo desenvolvimento de baixo carbono, adotando fortes medidas contra as mudanças climáticas.
Tradução: Laura
Revisão: Rafael Fontana