China promete desenvolvimento pacífico na Antártida
  2017-05-24 18:49:35  cri
O governo chinês reiterou o seu compromisso ao desenvolvimento e pesquisa pacífica de Antártida quando a 40ª Conferência Consultiva do Tratado da Antártida foi inaugurada em Beijing na terça-feira.

É a primeira vez que a China realiza a conferência, um mecanismo anual de tomada de decisões estabelecido sob o Tratado da Antártida.

O desenvolvimento pacífico, estável, verde e sustentável da Antártida está de acordo com os interesses comuns para humanos e um comprometimento forte para gerações futuras, disse o vice-premiê chinês Zhang Gaoli em um discurso na cerimônia de inauguração.

A China integrou o Tratado da Antártida em 1983 e se tornou um membro consultivo dois anos depois.

Nas últimas três décadas, a China enviou quase 6 mil profissionais à Antártida desde que o país mandou a sua primeira equipe de expedição à Antártida em novembro de 1984.

Os líderes chineses têm enfatizado em várias ocasiões a necessidade de proteger e estudar melhor a Antártida devido à sua localização e ambiente especial.

Para revisar os seus progressos na Antártida, a China publicou na segunda-feira o seu primeiro relatório completo sobre o seu estudo e uso da região nos últimos 30 anos, intitulado "As Atividades Antárticas da China."

Segundo o relatório pela Administração Estatal dos Assuntos Marítimos da China, o país tem até agora estabelecido quatro bases de pesquisa -- a estação da Grande Muralha, a estação de Zhongshan, a estação de Kunlun e a estação de Taishan, além do estabelecimento do Instituto de Pesquisa Polar da China em Shanghai e navegação do navio quebra-gelo Xuelong (Dragão de Neve).

O número de documentos sobre o estudo da Antártida publicados por cientistas chineses e inclusos pelo Índice de Citação de Ciência (SCI, em inglês) aumentou de 19 em 1999 para 157 em 2016, levando a China a ficar entre os primeiros dez países na lista.

A China tem uma história relativamente curta no estudo sobre Antártida, mas o progresso que o país tem alcançado, especialmente nos últimos poucos anos, tem sido significativo, disse Qin Weijia, diretor da Administração Ártica e Antártica da China.

A China também elevou os seus gastos em pesquisa antártica. Nos últimos 15 anos, de 2001 a 2016, a China investiu 310 milhões de yuans (US$ 45 milhões) nos projetos relacionados, 18 vezes do total para o período de 1985 a 2000.

A pesquisa antártica tem permanecido um dos tópicos mais difíceis devido à escassez de dados de pesquisa, disse Qin.

A China ainda não é um líder global na pesquisa antártica, disse Qin, mas como o país cresce na tecnologia e potência nacional geral, a China está disposta a contribuir mais para uma melhor compreensão da Antártida.

A China dá grande atenção para a cooperação e o compartilhamento das informações no estudo da Antártida. O Centro Nacional de Dados Árticos e Antárticos da China tem fornecido dados para mais de 100 projetos internacionais e mais de dez países.

"Nos últimos anos, a China tem cooperado com cada vez mais países em vários aspectos como a decisão de políticas, expedições e estudos científicos", disse o vice-chanceler chinês Liu Zhenmin.

Segundo "As Atividades Antárticas da China," entre 2016 e 2020, a China planeja elevar as suas atividades antárticas ao um nível mais alto, incluindo instalações de novas estações antárticas e aplicação de novos quebra-gelos avançados.

"No futuro, a China está disposta a trabalhar juntos com o resto da comunidade internacional na compreensão, proteção e utilização da Antártida", afirmou o relatório.

Cerca de 400 delegações de 44 países e dez organizações internacionais que já assinaram o Tratado da Antártida participaram da 40ª conferência em Beijing.

Por Xinhua

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