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A estratégia "Um Cinturão e Uma Rota" lançada em 2013 pela China entrou agora na fase de cooperações pragmáticas. Muitas empresas chinesas oferecem produtos e serviços customizados que correspondem às realidades e costumes dos consumidores dos países envolvidos na iniciativa.
O Grupo Inspur, com sede em Jinan, capital da província de Shandong, leste da China, fornece projetos de computação em nuvem, cujos negócios já são efetuados em 108 países e regiões do mundo. O Inspur criou um departamento especial para os negócios com foco nos países que integram "Um Cinturão e Uma Rota", oferecendo serviços personalizados conforme as características e necessidades de cada cliente.
O vice-presidente dos Negócios Estrangeiros do Inspur, Wang Junqiang, disse que nos países onde faltam talentos, a empresa envia seus próprios técnicos para permanecer no país. O projeto de cobrança de impostos no Zimbábue é um exemplo.
"Os serviços de consulta das empresas norte-americanas, como a IBM, cobram por hora. Quando os engenheiros chegam ao lugar, começa a contagem. Depois de resolver o problema, os técnicos vão embora, e só voltam se houver outro problema. O que nós fazemos é diferente. Temos técnicos que moram no país para garantir o funcionamento do projeto. Temos sempre engenheiros que trabalham "in loco". A qualquer dia, se ocorrer qualquer problema, ele será resolvido imediatamente. Somos praticamente uma babá do cliente."
Outra renomada empresa chinesa de eletrodomésticos, a Haier, também confecciona produtos personalizados para satisfazer às exigências dos clientes. A fábrica da Haier na Rússia, por exemplo, pesquisou um novo tipo de geladeira de 2 metros de altura, com alta eficiência energética, conforme a realidade local. Isso porque os russos querem mais espaço na cozinha, mas elas normalmente são pequenas. Esse novo produto fez a venda de geladeiras da Haier aumentar três vezes na Rússia e na Ásia Central. A previsão é que, neste ano, a venda irá crescer mais de 40%.
O vice-presidente para o mercado estrangeiro da Haier, Zhang Qingfu, revelou que os pesquisadores da Haier visitaram quase todos os lugares que correspondiam aos mercados-alvo, como escolas, famílias e hospitais, para conhecer exatamente as necessidades dos clientes potenciais.
"A nossa ideia é fazer novos produtos que correspondam às necessidades dos clientes. Desta maneira podemos conduzir uma tendência. Caso contrário, você vai apenas seguir os outros, e assim é impossível criar uma identidade própria."
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Rafael Fontana