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Hoje, 24 de abril, marca o Dia do Espaço, na China. A data foi estabelecida no ano passado e diversos locais celebram o dia em torno do tema "Tecnologia aeroespacial faz a vida melhor".
A cidade de Xi´an, capital da província de Shaanxi, foi escolhida como centro das celebrações, que inclui uma série de exposições e fóruns concernentes ao setor aeroespacial. O objetivo é mostrar ao público os recentes resultados obtidos pelo país no segmento. Tian Yulong, engenheiro-chefe da Administração Nacional de Ciência, Tecnologia e Indústria para Defesa Nacional, explicou o tema.
"O Dia do Espaço deste ano foca a aplicação da tecnologia aeroespacial, com o intuito de exibir o papel do setor na construção da economia nacional e do desenvolvimento social, popularizar os conhecimentos sobre o Espaço e incentivar o empreendedorismo."
A China iniciou sua exploração e utilização pacífica do espaço a partir de 24 de abril de 1970, dia em que lançou com sucesso seu primeiro satélite, Dongfanghong I. Na quinta-feira passada (20), colocou em órbita sua primeira nave espacial de carga, Tianzhou I (Barco Celestial) para se acoplar ao laboratório espacial Tiangong II (Palácio Celestial).
O país alcançou progressos constantes na exploração do Espaço nos últimos 50 anos e se manteve sempre aberta ao desenvolver o segmento aeroespacial e realizar cooperações com vários países. No domingo passado (23), inaugurou uma nova plataforma para intercâmbios internacionais, que atrai a participação de universidades, instituições de pesquisas e empresas provenientes de mais de dez países, incluindo Rússia e EUA.
Somente na Rússia, sete universidades aderiram a esse mecanismo de cooperação. O vice-reitor da Universidade Estatal de São Petersburgo de Instrumentação Aeroespacial, Konstantin Losov, comentou sobre a cooperação sino-russa.
"Em 2016, os dois governos assinaram uma regulamentação de proteção técnica para a exploração e utilização do Espaço, o que impulsionou o desenvolvimento de ambos os países. China e Rússia vêm mantendo colaborações estreitas no setor aeroespacial nos últimos anos. Atualmente, os dois países possuem seus próprios foguetes e bases de lançamento, além de ter a capacidade autônoma na pesquisa e fabricação de satélites."
A tecnologia aeroespacial está desempenhando um papel cada vez mais importante na economia nacional e desenvolvimento social da China. O uso de satélites para os fins civis, por exemplo, movimenta anualmente mais de 200 bilhões de yuans. Tian Yulong disse que o país quer que o setor sirva melhor à vida da população.
"O país vai continuar a impulsionar a fusão entre o setor aeroespacial e os segmentos civis, reforçar a aplicação dos resultados de pesquisas aeroespaciais, acelerar a comercialização, aperfeiçoar a elaboração de regulamentação e políticas para o desenvolvimento de satélites e foguetes comerciais."
Tradução: Inês Zhu
Revisão: Diego Goulart