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A primeira nave espacial de carga da China, "Tianzhou 1" ("Barco celeste"), decolou nesta quinta-feira (20/4) rumo à órbita terrestre para acoplar-se ao laboratório espacial "Tiangong 2" ("Palácio celeste") e realizar uma série de testes e experimentos.
"Cinco, quatro, três, dois, um, ignição! Decolar!"
O foguete Longa Marcha-7 Y2, que leva a nave, foi lançado sem problemas, às 19h41 locais, do Centro Espacial de Wenchang, na ilha de Hainan, dando início a uma missão de cinco meses.
Cerca de 20 minutos depois, o comandante geral da tarefa, Zhang Xueyu, declarou que o lançamento do cargueiro espacial "Tianzhou 1" conseguiu o pleno sucesso.
"Conforme o relatório do Centro de Controle de Aviação Espacial de Beijing, o foguete Longa Marcha-7 está funcionando bem, a nave espacial de carga 'Tianzhou 1' já entrou na órbita programada e os paneis solares abrem normalmente. O lançamento da Tianzhou 1 foi bem sucedido!"
Muitas pessoas consideram a "Tianzhou 1" como um motoboy do espaço, já que sua tarefa prioritária é transportar suprimentos para a futura estação espacial. Ela tem nove metros de comprimento com uma capacidade de carga de 6,5 toneladas e um peso total de 13 toneladas, cujo desenvolvimento representou "um esforço de seis anos" entre projeto e construção.
Durante sua missão, a nave testará três tipos diferentes de acoplamentos ao laboratório espacial chinês, para o qual também levará combustível, além de equipamentos científicos e técnicos, revelou seu sub-designer-geral, Xu Xiaoping.
"Essa nave espacial é o maior veículo aeroespacial do nosso país, carrega várias aplicações e sistema de testes para atividades extraveiculares dos astronautas, para preparar a futura estação espacial."
Como a nave não têm tripulantes, todas as tarefas serão feitas de forma automatizada e por controle remoto a partir da Terra. Após sua missão de cinco meses em órbita, a 385 quilômetros de distância da superfície da Terra, o cargueiro espacial iniciará uma descida controlada para se desintegrar nas camadas superiores da atmosfera terrestre.
O desenvolvimento de um cargueiro espacial é imprescindível para o objetivo chinês de ter em órbita uma estação espacial própria, que deve estar concluída até 2022.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Diego Goulart