O Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (BAII) anunciou nesta quinta-feira (23) que seu Conselho de Administração aprovou as solicitações de mais 13 candidatos a se juntar à entidade, elevando o número dos membros do BAII de 57 para 70. A ampliação indica o reconhecimento do banco pela sociedade internacional, dizem especialistas.

Esta é a primeira vez que o BAII recebe novos membros desde sua criação, em janeiro de 2016. Entre os candidatos recém-aprovados, cinco estão sob o âmbito regional do banco, incluindo Afeganistão, Armênia, Fiji, Hong Kong (China) e Timor Leste. Os outros oito membros, Bélgica, Canadá, Etiópia, Hungria, Irlanda, Peru, Sudão e Venezuela, se localizam fora do âmbito regional da entidade.

Segundo a regulação do BAII, os 13 membros potenciais irão aderir oficialmente ao banco depois de completarem os processos internos exigidos e depositarem sua primeira parcela de capital na entidade. As ações atribuídas aos novos membros potenciais vêm da reserva existente das ações não atribuídas do banco.

Para o presidente do BAII, Jin Liqun, o interesse despertado no mundo inteiro de se juntar ao BAII compensa os esforços dedicados pela China para tornar o banco numa organização internacional.

Na opinião do professor catedrático da Academia de Ciências Sociais da China, Shen Ji, a ampliação do BAII é importante para a reforma financeira global.

"Os países que tenham interesse são todos bem-vindos. Os esforços que empenhamos na busca de um desenvolvimento comum justificam que a China não quer controlar esse banco. O que a China busca é uma cooperação ganha-ganha. O BAII foi criado para não apenas angariar capitais a países asiáticos, mas também procurar um novo caminho para a reforma financeira internacional."

O presidente do BAII revelou que a entidade tratará, no final deste ano, de mais pedidos de adesão por outros países. Em janeiro deste ano, quando do primeiro aniversário do BAII, a chancelaria chinesa informou que 30 blocos econômicos haviam registrado oficialmente solicitações de ingresso, além dos 57 países-fundadores do banco.

Para a pesquisadora do Instituto das Relações Internacionais Contemporâneas da China, Chen Fengyin, o aumento do número dos membros do BAII indica um reconhecimento amplo da entidade pela sociedade internacional.

"O BAII ultrapassou a Ásia e vem atraindo membros do mundo inteiro, incluindo muitos países europeus. O banco é bastante inclusivo porque seus membros contêm perfis diversificados. Há países desenvolvidos, emergentes e subdesenvolvidos. Quanto maior o número dos membros, maior será o espaço de cooperação. As expectativas são bastante positivas."

Tradução: Inês Zhu

Edição: Rafael Fontana