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O Gabinete Geral do Conselho de Estado da China publicou no dia 7 deste mês o documento "Opiniões para Impulsionar os Investimentos nos Setores Sociais". O documento conta com 37 medidas detalhadas e focaliza cinco áreas: saúde, cuidado geriátrico, educação, cultura e esporte. As medidas de incentivo incluem diminuir restrições administrativas, ampliar canais de financiamento, aplicar políticas favoráveis de impostos sobre a terra, promover inovações, fortalecer supervisões e melhorar os serviços.
O vice-diretor do Colégio das Finanças da Academia das Ciências Sociais da China, Xia Jiechang, diz que as opiniões reduzem os custos dos negócios sistemáticos e podem atrair mais investimentos sociais e privados para os serviços públicos.
"O círculo do retorno dos investimentos nos setores sociais é longo e o rendimento é relativamente baixo. Por isso, se não lançarmos políticas verdadeiramente favoráveis, será difícil atrair investimentos privados e sociais. Com o aumento das receitas, a estrutura do consumo das pessoas necessita de uma atualização, que inclui cada vez mais exigências dos produtos imateriais. Mas agora faltam investimentos nesta área. Os serviços públicos básicos devem ser orientados pelo governo. Outros serviços públicos, no entanto, devem ser entregues ao mercado, dando mais espaço para os investimentos não-governamentais."
Segundo dados publicados pela Administração Nacional de Estatísticas da China, em 2016, os investimentos não-governamentais para a saúde, educação, esporte, cultura e entretenimento ocuparam apenas 38,3% dos investimentos totais nos setores sociais.
Xia Jiechang apontou que tanto os investimentos estatais como os capitais privados veem com bons olhos a perspectiva do desenvolvimento da educação, saúde e outros setores sociais. Com a publicação das opiniões, haverá um crescimento notável dos investimentos nesses campos.
"Em Beijing e outras grandes cidades, as residências perto das boas escolas são muito caras e os custos nos melhores hospitais também são altíssimos. Isso mostra uma grande procura do mercado nessas áreas e grandes problemas na oferta. Agora, as políticas minimizam as restrições de investimentos, o que deve ser um grande incentivo para o desenvolvimento do setor."
Uma fonte do setor esportivo apontou que as opiniões lançadas pelo Conselho de Estado da China favorecem a participação das empresas privadas nos eventos esportivos.
"Por exemplo, para organizar uma maratona, ainda não se sabe claramente qual o efetivo de segurança necessário e os critérios para calcular os custos. E as empresas não sabem também o total de investimentos e custos. A vantagem é que documento exige a normatização da segurança dos eventos esportivos. E se o governo lançar no futuro mais medidas detalhadas, estará oferecendo um grande suporte para a indústria esportiva."
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Rafael Fontana