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Wang Yi afirmou, ainda, que a China sediará em maio a Cúpula de Cooperação Internacional de "Um Cinturão e Uma Rota". Falando das expectativas quanto ao evento, Wang Yi disse que a propriedade intelectual da iniciativa pertence à China, mas os benefícios serão compartilhados por todos os países participantes.
"Esperamos que a Cúpula tenha resultados positivos em três aspectos. Primeiro, atingir um consenso amplo para coordenar as diversas estratégias e realizar a complementaridade para uma prosperidade comum. Segundo, explorar projetos-chave em áreas de comunicação de infraestrutura, comércio e investimento, apoio financeiro e intercâmbio interpessoal. E, por fim, estabelecer um mecanismo de longo prazo da iniciativa para formar uma parceria cooperativa ainda mais estreita e pragmática."
Ao falar das relações China-EUA, Wang Yi disse que as relações bilaterais estão se desenvolvendo em uma direcção positiva e estável. Em fevereiro deste ano, o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente norte-americano, Donald Trump, tiveram uma importante conversa por telefone, na qual os líderes reiteraram a importância de persistir no princípio de "Uma Só China" e estão dispostos a promover as relações a um novo patamar.
A Península Coreana passa actualmente por um momento de tensão. Wang Yi disse que a tarefa mais urgente é que os países envolvidos cessem as provocações.
"A China sugere que, como o primeiro passo, a República Popular Democrática da Coreia suspenda as atividades com mísseis nucleares, enquanto os EUA e a Coreia do Sul interrompam as manobras militares. Assim, os lados envolvidos podem voltar à mesa de negociações. Depois, promovermos simultaneamente 'duas trilhas' de desnuclearização e de mecanismo de paz na Península Coreana, a fim de encontrar uma solução fundamental para garantir uma paz duradoura na região."
Sobre as relações China-Coreia do Sul, Wang Yi disse que os EUA e a Coreia do Sul insistem em instalar o controverso sistema antimíssil "THAAD". Esse tem sido o maior obstáculo entre as relações sino-sul-coreanas. Quanto às relações sino-russas, Wang Yi disse que a parceria cooperativa global entre a China e a Rússia foi uma escolha estratégica correspondente aos interesses dos dois países. Wang Yi comentou também as relações China-África, dizendo que o apoio à África não será afetado independentemente das mudanças na economia mundial.
Este ano é conhecido como "Ano da China" no mecanismo de BRICS. Wang Yi disse que, como o país que toma a presidência rotativa, a China vai se esforçar para que a cooperação de BRICS seja a plataforma de cooperação Sul-Sul com maior influência do mundo. O especialista dos assuntos internacionais da Academia de Ciências Sociais da China, Yang Bojiang, avaliou positivamente a entrevista coletiva do chanceler chinês.
"A entrevista coletiva reflete que a China tem uma posição ainda mais importante no cenário global. E que o país age agora com mais confiança e serenidade nos assuntos internacionais."
Tradução: Li Jinchuan
Revisão: Rafael Fontana