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As sessões anuais da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPCh) e da Assembleia Popular Nacional (APN) da China serão inauguradas no dia 3 e 5 deste mês, respectivamente. Sob o contexto da recessão econômica mundial, as reformas estruturais do lado da oferta, o controle dos riscos financeiros, a construção de "Um Cinturão e Uma Rota", entre outros temas econômicos, serão priorizados nos debates das duas sessões.
A meta do crescimento do PIB da China será divulgada durante a convocação das sessões. Essa informação sempre desperta muita atenção em todo o mundo. As previsões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional são idênticas. Ambas estimam o crescimento do PIB chinês em 6,5%. Porém, o especialista chinês Lu Shengrong, professor catedrático do Centro de Pesquisas Macroeconômicas da Universidade de Xiamen, tem uma perspectiva um pouco mais otimista.
"Por causa da diminuição das capacidades industriais excedentes e da reestruturação dos produtos manufatureiros, os valores agregados das empresas se tornam mais estáveis, ao mesmo tempo em que a indústria terciária ocupa uma quota cada vez maior. Isso minimiza a pressão da austeridade econômica para o emprego. Na minha avaliação, o PIB chinês poderá crescer 6,64%."
O ano de 2017 é um período para aprofundar as reformas estruturais do lado da oferta, indicou o diretor do Departamento da Pesquisa Econômica da Academia das Ciências Sociais da China, Gao Peiyong.
"A prioridade das políticas deste ano será impulsionar as reformas estruturais do lado da oferta, sob a nova normalidade. De fato, temos nas mãos poucos métodos políticos, e ainda não os dominamos muito bem. Por isso, como realizar as reformas, como diminuir os custos e como suplantar as desvantagens são questões que devemos considerar."
Numa reunião realizada nos últimos dias, o Grupo de Liderança Central das Finanças da China fez a exigência de controlar os riscos financeiros e acelerar a construção do sistema de supervisão e coordenação nesta área. O diretor do Departamento das Informações do Centro de Intercâmbio Econômico Internacional da China, Wang Jun, disse que essa questão será um destaque nas duas sessões.
"Como prevenir e resolver os riscos financeiros - entre eles os riscos no mercado acionário, no mercado de dívidas, e no mercado de câmbio -, e como construir um sistema de administração e coordenação são questões que precisam encontrar respostas nas sessões. Além disso, uma outra questão importante se refere ao mercado imobiliário. O tema já foi debatido pelo Grupo de Liderança Central das Finanças, porque a bolha do mercado imobiliário é também um risco do mercado financeiro. Qualquer turbulência no mercado imobiliário vai influenciar todo o sistema financeiro."