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A China vai regularizar gradualmente o serviço do E-hailing (serviços de transporte requisitados via dispositivos móveis, como o Uber) e incentivar o uso de bicicletas compartilhadas. Foi o que disse ontem (27) o ministro do Transporte da China, Li Xiaopeng, numa coletiva de imprensa promovida em Beijing, capital chinesa.
O funcionário chinês apresentou um panorama do setor de transporte no país. Segundo ele, até o final de 2016, as linhas ferroviárias no país somaram 1,24 milhão de quilômetros, incluindo 22 mil quilômetros destinados a trens de alta velocidade. As linhas rodoviárias possuíam uma extensão de cerca de 4,7 milhões de quilômetros, dos quais 130 mil quilômetros eram projetados para via expressa.
Li Xiaopeng admitiu que existem ainda muitos problemas na infraestrutura, logística e prestação de serviços no setor de transporte. Ele propôs três medidas para melhorar o segmento.
"Primeiro, reduziremos o custo de transporte no país. Isso será possível através da desobstrução das principais vias de logística, construção de grandes centros de transporte, interconexão de diferentes meios de transporte e elevação da eficiência logística. Segundo, continuaremos a aumentar os investimentos em infraestrutura. A meta é disponibilizar rodovias a todas as vilas chinesas até 2019. Terceiro, aperfeiçoaremos os serviços de transporte."
Quanto à expansão do E-hailing no país, Li Xiaopeng disse que o serviço é um novo modelo da chamada de táxis que desperta a atenção de toda a sociedade. O ministério lançou propostas a partir do planejamento geral pelas instâncias superiores, pedindo aos governos locais a elaboração de políticas para o setor. Elas serão definidas com base na população, desenvolvimento urbano e infraestrutura de rodovias. Até o momento, 66 cidades promoveram medidas concretas para a regularização do E-hailing.
"Apoiamos os governos locais a elaborar políticas levando em consideração sua situação real. Quero ressaltar que o E-hailing é um novo modelo de transporte que necessita ser melhorado passo a passo. O Ministério de Transporte vai acompanhar atentamente esse trabalho."
A crescente presença de bicicletas compartilhadas em cidades chinesas também chama bastante atenção no país. Até o final do ano passado, o número dos usuários de bicicleta compartilhada no mercado chinês atingiu quase 20 milhões. A previsão é que o montante chegará a 50 milhões no fim deste ano. Li Xiaopeng deixou claro que o país apoia o uso de bicicletas compartilhadas.
"Os departamentos governamentais devem criar condições favoráveis ao desenvolvimento desse segmento. As empresas dedicadas ao serviço de bicicletas compartilhadas devem respeitar as estipulações concernentes e assumir suas responsabilidades. Os usuários, por outro lado, devem também preservar a ordem da circulação de bicicletas nas cidades."
Tradução: Inês Zhu
Edição: Rafael Fontana