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Dados econômicos revelados nos últimos dias indicam sinais de estabilidade da economia chinesa no começo deste ano. Tanto as importações quanto as exportações registraram aumento de dois dígitos. O incremento do Índice de Preços ao Produtor (IPP) de janeiro chegou ao nível mais alto desde setembro de 2011.
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma promoveu hoje (15) uma coletiva de imprensa em Beijing. Na ocasião, o porta-voz do órgão, Zhao Chenxin, afirmou que a economia chinesa se mantém estável, dando sinais de melhora. As medidas de reforma e a promoção de novas políticas estão surtindo efeito. Durante o feriado nacional do Festival da Primavera, houve oferta suficiente nos mercados de carvão, petróleo e gás, garantindo a demanda nacional de consumo doméstico e do setor produtivo. Zhao Chenxin revelou que, em janeiro, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma aprovou mais de 150 bilhões de yuans para investimentos em ativos fixos.
"Aprovamos em janeiro 18 projetos de investimentos em ativos fixos, envolvendo um valor total de 153,9 bilhões de yuans. As áreas beneficiadas serão a hidráulica, transporte e energias. As obras hidráulicas para o uso agrícola absorveram um investimento de 96 bilhões de yuans. Os projetos de infraestrutura de transporte, 24,1 bilhões, e os projetos de energias, 19,7 bilhões."
O país vem colocando em leilão, desde setembro de 2014, pacotes de projetos nacionais em 12 categorias. Até o final do ano passado, 555 projetos foram inaugurados. No entanto, há críticas de que a China tenha sacrificado a qualidade em busca da velocidade do seu desenvolvimento. O porta-voz chinês refutou o argumento.
"A estrutura econômica chinesa vem se otimizando. O consumo contribuiu para 64,6% do crescimento econômico. Os setores emergentes de importância estratégica e a manufatura de altas tecnologias tiveram bom comportamento. O valor agregado das indústrias ligadas à alta tecnologia aumentou 10,8%. Isso representa 4,8 pontos percentuais a mais do que o resultado registrado pelas indústrias tradicionais. O setor de serviços obteve um papel de liderança, respondendo por 51,6% do PIB."
Desde 2008, a China figura entre os três países que mais atraem investimentos estrangeiros no mundo. Segundo o relatório mais recente divulgado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), o valor total dos investimentos transnacionais diminuiu 13% em 2016 no mundo inteiro. Apesar disso, a China absorveu US$ 139 bilhões em investimentos estrangeiros, um aumento de 2,3% em comparação com o ano anterior. Zhao Chenxin informou que a China vai incentivar neste ano os investimentos estrangeiros no setor manufatureiro.
"Há quatro medidas de incentivo. Os investidores estrangeiros gozarão dos mesmos direitos das empresas chinesas na participação dos projetos ligados à iniciativa ´Made in China 2025´. O país vai abrir mais seu setor de manufactura. Os governos locais vão promover políticas preferenciais para apoiar os projetos de manufatura. As empresas estrangeiras que investem nos projetos industriais terão prioridade para obter terras com preços mais acessíveis."
Tradução: Inês Zhu
Revisão: Rafael Fontana