tema0202 |
No ano passado, o mercado imobiliário da China se comportou como se estivesse numa montanha russa. No primeiro semestre, os mercados de Beijing, Shenzhen e Nanjing se aqueceram rapidamente. Tanto o preço quanto as negociações aumentaram. No entanto, em outubro, mais de 20 cidades chinesas divulgaram medidas para regulamentar o mercado imobiliário, o que esfriou imediatamente as vendas. A Conferência Central de Trabalho Econômico realizada no final do ano afirmou claramente que "a casa é para morar, não é apenas para negociar".
Segundo a análise da indústria, em 2017, o aperto da taxa de juros do empréstimo à habitação é a principal tendência. Com a implementação das novas políticas, a taxa de juros do empréstimo à habitação voltará a taxa básica de juros. O analista chefe de Centaline Property, Zhang Dawei, afirmou que 2016 registrou um número excessivo de impréstimos no setor.
"A partir da tendência de desenvolvimento dos bancos, em 2016 foram lançados demasiados empréstimos imobiliários. Para controlar o risco, é inevitável restringir uma parte de demandas irracionais através da alavanca dos preços. Deve-se dizer que 10% de desconto da taxa de juros do empréstimo à habitação da primeira casa é apenas um começo. Em seguida, é provável que a taxa aumente."
Quando o mercado imobiliário de todo o país entra em um período de pressão, o cenário se repete com mais força em algumas cidades. No início deste ano, o mercado imobiliário de Chongqing, historicamente estável, recebeu investidores de vários lugares. O volume de negócios subiu rapidamente. Em contrapartida, o governo de Chongqing divulgou imediatamente medidas de regulamentação, para resfriar com a intensidade máxima o boom de investimentos. Nas reuniões de trabalho do ano novo realizadas recentemente, "reduzir o número de casas não vendidas" e "manter a estabilidade do mercado imobiliário" tornaram-se prioridades. O economista Ma Guangyuan aponta tendências sobre o mercado imobiliário chinês para este ano.
"Em geral, comparando com o ano passado, a temperatura do mercado imobiliário deste ano tende a ser mais branda. Em 2016, quer o mercado de terras, quer o mercado de negociações registraram importantes recordes. Por exemplo, as transações das novas moradias ultrapassaram pela primeira vez os 10 trilhões de yuans, montante que dificilmente será superado. Em 2017, ambos o volume de negociações e o crescimento vão cair, mas a probabilidade da queda brusca é quase zero", disse o economista.
"Para o mercado imobiliário, há três ciclos que ainda não acabaram: em primeiro lugar, o ciclo de urbanização da China. Em segundo, a era da combinação do capital financeiro com o capital da terra. Por fim, o fundamento de que o setor imobiliário é um pilar da indústria e da economia chinesa. Tudo isso indica que a tendência geral do mercado imobiliário é a estabilidade", explicou.
Tradução: Cecília Ma
Revisão: Rafael Fontana