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O diretor da Comissão Nacional para Desenvolvimento e Reforma da China, Xu Shaoshi, revelou nesta terça-feira (10), em coletiva à imprensa, que a economia do país cresceu 6,7% em 2016. O Produto Interno Bruto (PIB) superou 70 trilhões de yuans. A China tem confiança e é capaz de manter um desenvolvimento econômico estável em 2017, disse.
No início do ano passado, diversos veículos de imprensa estrangeiros previram que a economia chinesa teria um colapso e "faria um pouso forçado". Quanto a essas afirmações, Xu Shaoshi reiterou que a China tem mantido um crescimento moderado, que vai continuar funcionando em um intervalo razoável.
"Nos primeiros três trimestres de 2016, a China registrou um crescimento de 6,7%. Prevê-se que o país tenha mantido a cifra o ano todo. Mais de 13 milhões de postos de trabalho foram gerados nas zonas urbanas no ano passado. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) aumentou 2%. Graças à boa colheita, a produção de alimentos ultrapassou 620 bilhões de quilos."
A China acelerou a otimização da estrutura industrial em 2016. Entre janeiro e setembro, o valor agregado do setor dos serviços ocupou 52,8% do PIB, 13,3 pontos percentuais acima da indústria secundária. A contribuição do consumo à economia nacional atingiu 71%, tendo um aumento de 13% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O consumo de energia por unidade do PIB diminuiu cerca de 5%.
A China também conseguiu avanços na reforma estrutural no lado da oferta, na descentralização, inovação tecnológica, implementação da iniciativa "Um Cinturão e Uma Rota", urbanização e erradicação da pobreza. Segundo Xu Shaoshi, a China obteve um desempenho superior em comparação com as principais economias do mundo em 2016.
"Um relatório divulgado recentemente pelo Fundo Monetário Internacional aponta que a China contribuiu com 1,2 ponto percentual para a velocidade do crescimento econômico global no ano passado, maior do que os Estados Unidos e a Europa, respectivamente com 0,3 e 0,2 ponto percentual. De acordo com esta proporção, a taxa de contribuição da China para o crescimento mundial atingiu mais de 30%."
O ano passado marcou o início da reforma estrutural no lado da oferta, promovida pelo governo chinês. Até o momento, a China está impulsionando o corte do excesso de capacidade produtiva nos setores siderúrgico e do carvão. Para Xu Shaoshi, muitos países já reconhecem as deficiências da política monetária de flexibilização quantitativa e prestam mais importância à reforma estrutural.
Em 2017, a economia chinesa enfrentará desafios rigorosos. No entanto, a China tem confiança e capacidades para garantir o funcionamento econômico estável em um âmbito razoável, disse a autoridade chinesa.
tradução:Zhao Yan
revisão:Rafael Fontana