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O governo chinês publicou recentemente o 13º Programa Quinquenal para o Desenvolvimento Energético. Conforme o documento, entre 2016 e 2020, o país deve elevar em mais de 15% o consumo proporcional de combustíveis não fósseis, já o de gás natural deverá superar os 10%, colaborando com a redução do uso do carvão para 58% do total de consumo de energia país.
De acordo com o planejamento, até 2020, o volume total do consumo de energia deve ser restrito a 5 bilhões de toneladas de carvão e o aumento anual deverá ser inferior a 2,5%.
Nos últimos anos, a China vem sofrendo com as ondas de smog. O nevoeiro poluído, nos últimos dias se alastrou por todo norte do país. O modelo de consumo energético da China está estreitamente ligado com as altas de poluição. O vice-diretor da Administração Nacional de Energia, Li Yangzhe, afirmou que nos próximos cinco anos, a energia limpa e de baixo carbono vai ser o principal contribuinte para a reforma do sistema de energia do país.
"O aprimoramento da estrutura energética e a promoção do desenvolvimento limpo e de baixo carbono são os principais alicerces da reforma energética e representam uma demanda urgente para a transformação do desenvolvimento socioeconômico do país. Conforme o 13º Programa Quinquenal para o Setor Energético, o aumento de fontes não fósseis e de gás natural será três vezes maior do que o de carvão. A energia limpa vai ser a principal área de expansão do consumo energético da China."
Para alcançar as metas estipuladas, Li Yangzhe destacou que a China vai incentivar o desenvolvimento em grande escala de energias não fósseis, através de uma série de projetos de usinas hidrelétricas e nucleares e reforçar os setores de energia eólica e solar. Além disso, a China deve ampliar o mercado de gás natural e elevar a eficiência de combustíveis fósseis, sobretudo o carvão.
Por conta da distribuição geográfica, as principais bases de extração e produção energética estão nas regiões norte e oeste do país. Para evitar que essas zonas sejam sobrecarregadas e para prevenir e tratar a poluição atmosférica, o programa sugere um reajuste na estrutura regional para o desenvolvimento energético. Li Yangzhe fala sobre tais mudanças.
"Os trabalhos essenciais incluem a transferência das indústrias de energia eólica e fotovoltaica às regiões central e leste da China, onde acolherão 58% do aumento do volume instalado de energia eólica e 56% do aumento de energia solar. O ritmo da construção de projetos relacionados ao carvão vai diminuir e o setor terá uma supervisão mais rigorosa."