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Os ministros das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e de São Tomé e Príncipe, Urbino Botelho, se reuniram nesta segunda-feira (26) na Casa para Hóspedes Estatais Diaoyutai, em Pequim, e assinaram um comunicado conjunto para retomar as relações diplomáticas, depois da quebra dos laços por duas décadas. "Hoje é uma data notável. Neste momento, os dois países recuperam as relações diplomáticas após a quebra dos laços por 20 anos."
Wang Yi afirmou aos jornalistas que há uma só China no mundo. O governo da República Popular da China, disse o ministro, é o único representante legal de toda a China, e Taiwan é uma parte indivisível do país. O princípio de "Uma Só China" não foi apenas reconhecido na Resolução 2.758, adotado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em outubro de 1971, mas também se tornou consenso universal na comunidade internacional. A decisão do governo de São Tomé, portanto, está em conformidade com uma tendência histórica.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da China, as duas partes chegaram a um consenso de que a aderência e o respeito de "Uma Só China" é a base política das relações bilaterais. Os dois lados devem compreender e se apoiar mutuamente nos assuntos com interesses comuns. Ambas as partes vão desenvolver as cooperações nas áreas de educação, cultura e turismo entre outros.
Wang Yi afirmou que a recuperação dos laços diplomáticos com o país africano irá gerar benefícios recíprocos para os dois países e para outros Estados africanos.
"A China tem mais um amigo internacional. A grande família da cooperação sino-africana tem um novo membro. São Tomé e Príncipe receberá ajuda da China, país em desenvolvimento com maior crescimento econômico do mundo e membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. A recuperação dos laços diplomáticos resultará em benefícios para os dois povos e será um novo motor para a cooperação sino-africana", disse o ministro.
Urbino Botelho apontou, na coletiva à imprensa, que voltar a aderir ao princípio de Uma Só China é um reajuste da politica exterior após uma análise profunda, assim como uma decisão para reconhecer a realidade histórica.
"A China deu apoio à independência de São Tomé em 1975, momento mais difícil de nosso país. Hoje em dia, a China desempenha o papel cada vez mais importante na comunidade internacional, dando grandes contribuições para ajudar e manter os benefícios dos países em desenvolvimento. Queremos corrigir nosso erro, recuperando a amizade entre os dois povos. Depois de 20 anos, ficamos junto de novo. Sob a orientação dos princípios da Carta das Nações Unidas, os dois Estados continuarão se esforçado em paz para o desenvolvimento mundial", afirmou Botelho.