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A Comissão Nacional para o Desenvolvimento e a Reforma da China realizou nesta terça-feira (16) uma coletiva de imprensa. Na ocasião, Zhao Chenxin, o porta-voz da comissão revelou que a iniciativa de "Um Cinturão e Uma Rota" tem obtido êxitos notáveis.
Segundo Zhao Chenxin, "Um Cinturão e Uma Rota" vem apresentando crescente progresso no fortalecimento da interligação entre os países, na construção de um canal entre o continente e o oceano, no aprofundamento da cooperação produtiva, e na ampliação de negócios e investimentos. Ele citou alguns exemplos.
"Sobre o corredor econômico China-Mongólia-Rússia, a China já assinou acordos de cooperações portuárias com os dois países concernentes, e foi inaugurado o porto de Uliji, na fronteira sino-mongol. O relatório de pesquisa do corredor China-Índia-Mianmar-Bangladesh já foi concluído, e em relação à 'Rota da Seda Marítima do Século XXI', o projeto de construção de um porto em Colombo, capital do Sri Lanka foi retomado, e a aquisição das ações do Porto de Piraeus, na Grécia, também já foi quitada. Até o momento, os fundos de diversas cooperações produtivas bilaterais e multilaterais superaram os US$ 100 bilhões. As empresas chinesas construíram 46 zonas de cooperação nos países ao longo de 'Um Cinturão e Uma Rota'."
A colaboração cultural também foi muito produtiva. O Ministério da Educação da China assinou acordos de cooperação com mais de 60 Estados, totalizando 37 programas educativos, e inaugurados 131 Institutos de Confúcio e 119 Salas Confúcio. No ano de 2015, quase a metade dos estudantes estrangeiros na China eram provenientes dos países ao longo de "Um Cinturão e Uma Rota". Foi apresentada também uma solicitação de inscrição da Rota da Seda Marítima na Lista de Patrimônio Mundial da UNESCO.
Em relação ao progresso no combate ao excesso de capacidade produtiva nos setores de aço e carvão, os dados revelam que até o fim de julho, mais de 95 milhões de toneladas de carvão e 21 milhões de toneladas de aço foram poupadas, ou seja, respectivamente 38% e 47% da meta anual. Zhao Chenxin sublinhou que a China vai acelerar ainda mais este processo.
"Primeiro, vamos destrinchar os problemas que estão atrasando o trabalho e reorganizar o orçamento industrial. Segundo, vamos investigar e punir seriamente os casos que violaram a lei e as regras, para recuperar a credibilidade das empresas do setor."
Ao responder sobre os rumores de que as políticas chinesas para redução de capacidade produtiva não são eficazes, sobrecarregando a tensão financeira na China e no Mundo, Zhao Chenxin considera que tal argumento não é razoável. Na sua opinião, o excesso de capacidade produtiva é uma questão global, e a primeira causa é a crise dos créditos hipotecários de alto risco, ou subprime. E ''a bolha'' no mercado imobiliário dos Estados Unidos que impulsionaram a queda da demanda no mercado global. Zhao sublinhou que o governo chinês está otimista para resolver esta crise, e a comunidade internacional deve se unir e enfrentar o problema.
"O excesso de capacidade produtiva é um tema global, e todos os países têm suas responsabilidades. A China se opõe à passividade, ao protecionismo, e às trocas de hostilidades desnecessárias. A guerra do dumping não é o caminho correto. Se basear apenas em números para dimensionar o problema não vai levar a lugar algum."