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A China está desencadeando um reajuste estrutural de sistema energético com a perspectiva de elevar a proporção do consumo de energias limpas e estabelecer um sistema moderno do setor.
A reforma do mecanismo de preços é considerada um dos passos decisivos da iniciativa. Com as mudanças, as empresas da rede de eletricidade deixarão de lucrar com a diferença de preços entre a compra e a venda de energia, e passarão a ganhar com a cobrança de taxas por uso de redes de eletricidade. O diretor do Departamento do Sistema Jurídico e Reforma Estrutural da Administração Nacional de Energia da China, Liang Changxin, explicou as novas políticas.
"Após a reforma, as empresas da rede de eletricidade vão cobrar taxas aos consumidores pelo uso de instalações de eletricidade, conforme os preços de transmissão e distribuição de energia aprovados pelo governo e jamais obterão lucros com a diferença de preços entre a compra e a venda de energia. Isso ajudará a promover a justiça com os consumidores de eletricidade."
Através da reforma, as plantas de geração de eletricidade entrarão em concorrências mais abertas, permitindo que essas empresas possam obter mais lucros se diminuírem os custos e produzirem mais energia. Os consumidores, ao mesmo tempo, poderão selecionar a energia com melhor qualidade e preços mais baixos.
As estatísticas mostram que nas primeiras cinco províncias e regiões autônomas que implementaram a reforma, incluindo Yunnan, Anhui e Hubei, a redução total em preços de eletricidade já superou os 556 milhões de yuans.
Atualmente, os países em desenvolvimento estão se tornando as principais forças motrizes para o aumento do consumo energético no mundo. A China deve cumprir tarefas como o controle do excessivo estrutural de energias tradicionais, o aprimoramento da distribuição das energias eólicas e solares, o aumento do uso de gás natural e a substituição de energias tradicionais por energias limpas.
O vice-diretor do Departamento de Planejamento da Administração Nacional de energia, He Yongjian, explicou as questões enfrentadas pela China tomando como exemplo a substituição de energias limpas.
"O problema se reflete principalmente no consumo de carvão, que é de entre 700 e 800 milhões de toneladas anualmente. O consumo de carvão representa 20% do total do país e a proporção é muito mais alta do que o nível médio mundial. Além disso, a substituição do carvão por outras fontes limpas como gás natural e eletricidade terá custos elevados e requer o apoio político do governo."
Para resolver a questão, a China está promovendo o reajuste estrutural estratégico do seu setor energético para diminuir o peso do carvão e aumentar a utilização de energias limpas e recicláveis, para construir um sistema moderno de indústria elétrica com maior segurança e eficiência.