A China pretende elevar a sua capacidade de inovação científica e tecnológica durante o 13º Plano Quinquenal, entre 2016 e 2020. Conforme um planejamento nacional divulgado recentemente pelo governo chinês, o país prevê elevar a sua posição de 18º para o 15º lugar no ranking mundial do poderio inovador integral de ciência e tecnologia.

Ao entrar no salão de exibição do Grupo de BOE de Beijing, que está sediado em Zhongguancun, distrito onde se concentram as empresas de produtos eletrônicos na capital chinesa, podem-se ver écrans de LCD para uma variedade de utilidades, tais como para refrigeradores inteligentes e superfícies de espelho.

O local é um exemplo para mostrar o nível de desenvolvimento de écrans da China. Não se pode imaginar, entretanto, que a China não possuía a capacidade de produzir o LCD há mais de dez anos e que o país precisava de depender totalmente da importação para tal tipo de écrans. Até 2005, o Grupo de BOE instalou em Beijing uma linha de produção para a 5ª geração do LCD, acabando com a era sem LCDs produzidos pelo próprio país.

Atualmente, a empresa já possui 10 linhas de produção e é a maior do setor da China. O vice-presidente do Grupo de BOE, Zhang Yu, apontou que os êxitos se atribuíram ao investimento científico e inovação tecnológica.

"A partir de 2005, quando a linha de produção da 5ª geração de LCD's entrou em funcionamento, até o final do ano passado, quando havíamos desenvolvido a 5ª geração, já nos tínhamos tornado de um seguidor para um dianteiro no setor. Isso foi graças à nossa inovação e investimento contínuo. O valor de investimento em desenvolvimento tecnológico representa mais de 7% da renda de vendas. No ano passado, canalizámos mais de 3,3 bilhões de yuans nesta área."

As empresas de Zhongguancun ocupam lugares importantes na concorrência global nos domínios como inteligência artificial, biomedicina e novos materiais. Os resultados de inovação tecnológica das empresas de Zhongguancun podem ajudar na atualização das indústrias da China.

Durante o 12º Plano Quinquenal da China, o país impulsionou continuamente a inovação científica e tecnológica. Em 2015, foi destinado cerca de 1,4 trilhão de yuans em pesquisas e desenvolvimentos científicos e tecnológicos na China. O valor representou 2,1% do PIB. O vice-ministro de Ciência e Tecnologia da China, Li Meng, destacou que a China se encontra num período de salto na qualidade de inovação e elevação essencial da sua capacidade inovadora.

"Organizámos um balanço sobre a situação do desenvolvimento científico e tecnológico da China, com mais de 8 mil especialistas. Entre 1,350 tecnologias de 13 setores importantes, 17% estão num nível avançado internacional e 31% num nível médio."

Exceto os êxitos, Li Meng também apresentou os problemas como a falta de talentos e de posse de tecnologias de núcleo.