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A China vai aprofundar a reforma do sistema de assistência médica e de medicamentos, para elevar o nível de serviços de saúde básicos, conforme um relatório conjunto divulgado recentemente pelo Banco Mundial, Organização Mundial da Saúde, Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar da China e Ministério de Recursos Humanos e Providências Sociais do país.
O relatório avaliou que desde que a China lançou a nova rodada de reformas do sistema médico, em 2009, o país adotou um caminho correto de alterações neste setor e conseguiu resultados notáveis. O alto funcionário do Banco Mundial responsável pela nutrição e desenvolvimento da população global do Banco Mundial, Timothy Grant Evans, elogiou os êxitos da China obtidos nos últimos anos.
"A taxa de doenças de tuberculose na China diminuiu por metade e a taxa de mortalidade de mulheres grávidas e puérperas diminuiu 2/3, enquanto a taxa de mortalidade de bebês reduziu em mais de 3/4. Durante este período, a China implementou uma reforma bem-sucedida, com a possibilidade de adoção de seguros médicos em todas as regiões urbanas e rurais. Os esforços chineses ajudaram na melhoria da saúde da população. A China também realizou a reforma de hospitais públicos."
O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, ressaltou que a reforma da China pode contribuir com a melhoria do sistema de saúde da China e beneficiar 1/6 da população mundial. Ele destacou que a reforma do sistema de pagamento ajudou no controle de cobrança de taxas irracionais em assistências médicas do país.
"O sistema de aquisição de medicamentos da China passou a ser mais razoável. Por exemplo, na cidade de Sanming, da província de Fujian, e na província de Anhui, os intermediários do setor de circulação foram minimizados para economizar o dinheiro dos doentes. Esta foi uma invenção difícil de ser concretizada e muitos outros países também enfrentam problemas semelhantes."
O relatório assinalou, ao mesmo tempo, que a reforma do sistema de saúde da China também enfrenta desafios consideráveis, tais como o envelhecimento da população e as ameaças de saúde como câncer, diabetes e problemas cardíacos.
O documento também apresentou algumas propostas para diminuir as despesas de saúde na China, incluindo o reforço das entidades de saúde básicas, mudança do sistema de estimulação dos fornecedores de serviços de saúde e elevação do salário e nível social dos profissionais e orientação de concorrências justas e desenvolvimento coordenado entre os hospitais públicos.