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O Índice dos Gerentes de Compras abrange os componentes de demanda, produção e os fatores de circulação de produtos. O indicador é usado para supervisionar o desempenho da macroeconomia de um país. Normalmente, o nível limite deste índice é 50%. Percentuais acima deste valor indicam expansão, ao passo que o contrário revela contração na economia.
O Índice de 49,9% registrado em julho baixou 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior, sendo que entre março e junho se manteve superior a 50%. Em relação à queda, o vice-diretor da Faculdade de Finanças da Universidade do Povo, Zhao Xijun, apontou que o recuo não significa definitivamente algo negativo e que o setor manufatureiro continua estável.
"Ainda não podemos dizer com certeza se esta queda será de fato prejudicial. Há vários fatores contribuintes para este fenômeno, incluindo o ritmo desacelerado do crescimento econômico, a reestruturação financeira e a diminuição no volume de investimentos. Outro agravante foi a onda de fortes chuvas que atingiu todo o país. A alta temperatura afetou a produção industrial. Esse foram os fatores temporários. Em relação ao panorama internacional, o mês de julho foi o primeiro mês após o referendo da saída do Reino Unidos da União Europeia, e que impactou de alguma forma a economia global. "
Para o alto estatístico Zhao Qinghe, há três principais fatores para a queda deste índice. O primeiro foi a onda de fortes chuvas no país, que causaram enchentes especialmente no sul, e prejudicaram a produção e a logística na região. O segundo foi a desaceleração da expansão da demanda e o último, a redução da capacidade produtiva nas indústrias tradicionais.
Apesar da queda do índice não representar uma contração no setor manufatureiro chinês, dificilmente será possível uma expansão a curto prazo, disse Xu Hongcai, diretor do departamento econômico do Centro Chinês dos Intercâmbios Econômicos Internacionais.
"Creio que o setor manufatureiro dificilmente tenha lucro a curto prazo, devido à queda estrutural do setor que está passando por uma reestruturação, e este tipo de reforma exige custos."
No primeiro semestre deste ano, o crescimento econômico da China foi de 6,7%. Sobre isso, Xu Hongcai ressaltou:
"A economia no segundo semestre vai continuar em ritmo estável. Não há grandes obstáculos para chegar aos 6,7%. No entanto, devemos trabalhar para garantir a implementação das políticas macroeconômicas."
Tradução: Laura
Revisão: Denise