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Recorda-se que na cúpula de Joanesburgo realizada no ano passado, o presidente chinês, Xi Jinping pronunciou dez grandes projetos de cooperação com a África, que envolveram cerca de 60 bilhões de dólares. A conselheira comercial apresentou a composição da verba.
"Dos 60 bilhões de dólares, cinco bilhões correspondem a assistências gratuitas e empréstimos de juro zero, enquanto 35 bilhões são créditos de benefício. O Ministério do Comércio vai promover, de forma ordenada, os empréstimos de acordo com o cronograma, país, e projetos envolvidos."
Espalhados em mais de 50 países do continente africano, os projetos com assistência chinesa envolvem ferrovias com uma extensão de dois mil quilômetros, rodovias com uma extensão três mil quilômetros, mais de 100 escolas, 60 hospitais e a isenção de dívidas de dezenas de bilhões de yuans. A conselheira Shu Luomei ressaltou que a ajuda chinesa não supera o nível do suporte do país.
"Sendo um país em desenvolvimento, as assistências ao exterior ocupam uma parte muito limitada no PIB nacional, não superando o nível do suporte de uma nação em desenvolvimento. É claro que, com o aumento da nossa capacidade, iremos reforçar os nossos apoios ao exterior, incluindo aos países africanos."
Atualmente, as relações comerciais entre a China e a África já passaram as meras assistências e intercâmbios comerciais, e se estenderam para setores diversificados de infraestruturas, investimento industrial, cooperação financeira, logística e aeronáutica regional. A China se tornou por sete anos consecutivos o maior parceiro comercial da África, enquanto a África é o segundo maior mercado de empreitada e o destino de investimento das empresas chinesas. Atualmente, a China possui dois fundos de investimento exclusivos para os países africanos, respetivamente o Fundo de Desenvolvimento China-África e o Fundo de Cooperação da Capacidade Produtiva China-África. O volume de 10 bilhões de dólares por cada um dos fundos, faz com que sejam os maiores do mundo destinados ao continente Africano. Segundo a conselheira, a China está disposta a desenvolver uma cooperação de três partes com outros parceiros da África.
"O povo africano é o dono da África. A África tem o direito de escolher os seus parceiros. Baseando-se no princípio de apresentar pela África, consentir pela África e orientar pela África, desenvolvemos a cooperação de três partes com as organizações internacionais como o Banco Mundial e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. O investimento chinês foca principalmente nas infraestruturas. Podemos desenvolver cooperação de complementariedade com outros países que possuem investimentos em áreas diferentes, sobretudo no bem-estar da população. "
Tradução: Laura
Revisão: Filipe