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Sediado em Shanghai, o Novo Banco do Brics foi estabelecido em 21 de julho do ano passado sob a iniciativa da China, Rússia, Brasil, Índia e África do Sul, sendo também o primeiro banco de desenvolvimento multilateral do mundo, criado e dominado por países emergentes. Ao longo de um ano desde que entrou em operação, a instituição obteve êxitos notáveis, entre eles, o empréstimo de 811 milhões de dólares em apoio aos projetos de energia limpa na China, Índia, Brasil e África do Sul, lançado em abril, e a emissão de títulos em Renminbi de três bilhões de yuans, feita no dia 18 deste mês.
Na cerimônia de abertura do primeiro encontro anual do conselho de diretores, o vice-primeiro-ministro chinês, Zhang Gaoli, pediu ao Banco do Brics que preste forte suporte à construção de infraestruturas e desenvolvimento sustentável dos países do Brics, assim como de outras nações em desenvolvimento.
"Primeiro deve-se expandir o espaço de cooperação entre os países do Brics, reforçando a interligação comercial, complementariedade industrial e incentivo econômico mútuo; segundo, criar uma nova plataforma global para desenvolvimento comum, aprofundando a integração das cadeias industriais do mundo e da região; terceiro, construir um novo panorama de cooperação em todas as áreas, reforçando a força integral das instituições de desenvolvimento multilaterais; quarto, aperfeiçoar o tratamento econômico global, fazendo com que mais investimentos sociais participem nas infraestruturas; e por fim, aperfeiçoar a governança econômica global, a fim de elevar a posição e reforçar o papel dos países em desenvolvimento, incluindo os do Brics, no sistema da governança econômica global."
A estratégia do Banco do Brics para os próximos cinco anos estabelece a emissão do título de dívida em Renminbi num valor total de 10 bilhões de yuans. O diretor chinês do conselho e ministro das Finanças, Lou Jiwei, ressalta a expansão das fontes de financiamento.
"As flutuações do mercado financeiro internacional nos últimos anos dificultaram o uso do capital estrangeiro pelos países em desenvolvimento. O Banco do Brics deve trabalhar para adquirir para seus membros fundos de fonte estável e custo baixo. "
No ano passado, o crescimento econômico chinês foi de 6,9%, enquanto a Índia chegou a 7,3%, e a África do Sul, 2%. O Brasil e a Rússia, no entanto, entraram em recessão, com a queda do PIB superando o patamar de 3%. Ao falar dos desafios, o presidente do Banco do Brics, K.V.Kamath, referiu-se à estagnação econômica global e ao sistema de classificação de riscos.
"O primeiro desafio que este tem em frente é a dificuldade do ambiente econômico global. As perspectivas pelo crescimento econômico mundial vêm reduzindo. Segundo, com o aumento da demanda pelo financiamento nas instituições multilaterais, o próprio Banco do Brics precisa reforçar sua capacidade de financiamento, processo este que se torna cada vez mais difícil devido ao atual sistema de classificação de riscos. Vamos continuar mantendo contatos com as agências de classificação de riscos."
Tradução: Laura
Revisão: Layanna