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O Departamento Nacional de Estatísticas da China vai divulgar na sexta-feira (15) os principais indicadores acerca da economia do país no primeiro semestre deste ano. Vários especialistas preveem que o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresça 6,7% nos primeiros seis meses deste ano, um ritmo de crescimento igual ao do primeiro trimestre.
De janeiro até maio, os investimentos em ativos fixos aumentaram 9,6% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto as exportações registraram uma redução de 7,3%, 2,3 pontos percentuais inferiores ao valor registrado no primeiro trimestre. Porém, o consumo manteve um aumento estável nos primeiros cinco meses. O economista-chefe do Banco de Comunicações da China, Lian Ping, prevê um aumento de 6,7% do PIB do país no primeiro semestre.
"Na minha previsão, a economia chinesa vai crescer por volta de 6,7% no primeiro semestre deste ano. A razão principal é que após o mês de março, os dados concernentes aos investimento, especialmente em infraestrutura e habitação, apresentam uma óbvia tendência de recuperação. Além disso, o consumo mantém uma operação estável em geral com um ritmo de crescimento estável."
No primeiro trimestre, o valor agregado da produção industrial do país aumentou 5,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O vice-diretor da Escola das Finanças da Universidade Renmin da China, Zhao Xijun, afirmou que o aumento acelerado do valor agregado da produção industrial no segundo trimestre contribuirá para o crescimento estável da economia, que se poderá manter nos 6,7% nos primeiros seis meses.
Apesar da atitude otimista, os especialistas consideram que ainda existem riscos internos e externos para a economia nacional. O economista-chefe do Banco de Comunicações da China, Lian Ping, destacou a influência negativa trazida pela saída britânica da União Europeia.
"No segundo semestre deste ano, a saída do Reino Unido da União Europeia vai trazer incertezas para o mercado chinês, especialmente na expansão das exportações chinesas. Por isso, esse setor não terá um desempenho tão positivo como o previsto."
Em relação aos riscos internos, o economista do Centro Nacional de Informações, Zhu Baoliang alertou para uma grande pressão na queda da economia chinesa devido a vários fatores como o excesso da capacidade produtiva, o grande estoque da habitação e a desaceleração de investimentos das empresas privadas.
(tradução: Shi Liang revisão: Filipe Hu)