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Neste ano comemora-se o 15º aniversário do estabelecimento do Fórum de Cooperação entre China e África. A cúpula do fórum e a sexta reunião ministerial do fórum serão realizadas no início do próximo mês em Johanesburgo, África do Sul. Será a primeira vez que a cúpula China-África se realizará no continente africano. O presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente sul-africano, Jacob Zuma, vão presidir em conjunto o evento e declarar novas medidas para fomentar as cooperações sino-africanas.
Na coletiva de imprensa realizada no dia 26 pelo Conselho de Estado da China, o vice-ministro chinês do Comércio, Qian Keming, revelou que nos últimos três anos, a parte chinesa ofereceu mais de US$ 20 bilhões de empréstimos, realizou cerca de 900 projetos de auxílio e formou mais de 30 mil talentos para os países africanos. Ele ainda citou uma série de números para explicar as cooperações entre a China e a África:
"A China tem sido em seis anos consecutivos o maior parceiro comercial do continente africano. Em 2014, o valor total do comércio bilateral atingiu US$ 222 bilhões, aumentando 20 vezes em comparação com o ano 2000, quando o Fórum de Cooperação China-África acabara de ser estabelecido. A África é o segundo maior mercado de obras de EPC e um novo destino de investimentos da China. Até o final de 2014, a China investiu um total de US$ 32,4 bilhões na África. Os dois lados realizaram amplas cooperações nas áreas de agricultura, manufatura, finanças, turismo, saúde, telecomunicações, entre outras."
Neste ano, por causa da influência da dificuldade da economia mundial, o comércio sino-africano sofre grandes pressões de desaceleração. Porém, Qian Keming enfatizou que as importações chinesas da África não reduziram, ao contrário, as importações de alguns produtos aumentaram. Além disso, as exportações da China para a África aumentaram 5,8% em comparação com o ano passado.
O vice-ministro chinês sublinhou ao mesmo tempo que a estrutura do comércio sino-africano ainda é desequilibrado e precisa de uma melhoria:
"O comércio sino-africano tem um desequilíbrio, visto que nós ficamos com superávit e o continente africano com déficit. Outra questão é que a estrutura é simples. Importamos principalmente os produtos de recursos. No futuro, vamos tentar mudar esta situação com o aumento de importação de outros tipos de produtos. Além disso, vamos acrescentar investimentos na África para impulsionar o desenvolvimento sustentável do comércio sino-africano."
Sobre as novas medidas que serão lançadas na Cúpula do Fórum de Cooperação China-África, Qian Keming adiantou:
"Agora, a África elaborou a Agenda de 2063, que faz detalhados projetos sobre a industrialização e a integração do continente. Devemos realizar cooperações com a África conforme as necessidades dela, ajudar os países africanos na resolução da questão de estrutura econômica simples, modernização agrícola e na construção de infraestruturas."
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Layanna Azevedo