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Pesquisador brasileiro: cúpula de Ufa dará mais dinamismo aos Brics
  2015-07-08 15:02:10  cri

O 7º encontro dos líderes dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) tem lugar nesta quarta-feira (8) em Ufa, cidade no sul da Rússia. Após seis anos de desenvolvimento, os cinco países do Brics já estabeleceram uma parceria cada dia mais estreita e global, tornando-se uma força importante no atual quadro mundial. Segundo Evandro Carvalho, pesquisador brasileiro do Centro de Estudos dos Brics da Universidade Fudan em Shanghai, a cúpula de Ufa vai injetar novo dinamismo na cooperação entre os países do Brics.

Evandro apontou que os laços fundamentais dos países Brics são as metas estratégicas semelhantes e os interesses similares. Prevê-se que será aprovada a estratégia dos parceiros econômicos dos Brics para estabelecer ainda a meta de desenvolvimento a longo prazo para o mecanismo. Evandro afirmou:

"No meu entendimento a estratégia comum deveria ser a de buscar o desenvolvimento integral das cinco economias, segundo os padrões de desenvolvimento que dêem a elas mais autonomia na capacidade econômica de tomar decisões. E também dêem a elas segurança diante das ameaças do sistema financeiro internacional. Então a estratégia dos parceiros econômicos deveria também incluir outros dois aspectos importante, o meio ambiente e a educação, no centro de suas preocupações. São essas, em minha opinião, as condições para um pleno desenvolvimento dos nossos países dentro do BRICS."

O foco de maior atenção para a cúpula de Ufa são as medidas preparatórias para operacionalizar o Novo Banco de Desenvolvimento do Brics. Espera-se que as cinco economias emergentes possam contribuir para promover as reformas sobre a atual estrutura mundial econômica e financeira, de forma a elevar a posição e papel dos mercados emergentes e dos países em desenvolvimento no sistema da governança econômica global. Para Evandro, a criação do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics não pretende desafiar a atual ordem financeira internacional, mas, sim, completá-la e aperfeiçoá-la.

"O que os BRICS podem tentar fazer é tentar introduzir padrões de investimentos e financiamentos que se diferenciem daqueles comumente utilizados pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional, por exemplo, a fim de ter resultados mais rápidos e efetivos e, sobretudo mais adequados a realidade nacionais dos países do BRICS sem precisar empenhar sua soberania econômica no caixa dos bancos dos países ocidentais..."

O mecanismo de cooperação do Brics tem adquirido característica institucional durante sua fase inicial. Mas a longo prazo, é ainda preciso diversificar níveis de cooperação e enriquecer seu conteúdo para reforçar a coordenação funcional e a capacidade para lidar com problemas. Na opinião de Evandro, a criação da secretaria é indispensável para o efeito.

"E talvez os Estados iniciem uma preparação para instalar uma secretaria permanente. A densidade dos temas debatidos talvez comporte esta iniciativa de ter uma secretaria permanente não é, e por meio da abertura de espaço para outras metas comuns. Uma delas, eu gosto de mencionar como um objetivo que eu veria mais de maneira muito positiva, que eu acho que seria muito importante para o BRICS, seria uma espécie de um fórum consultivo com personalidades representantes dos diversos países, da sociedade civil dos diversos países, não só de políticos não é, a fim de outorgar o BRICS e dar ao BRICS maior legitimidade, para trazer para dentro do grupo novas ideias. E também eu acho importante um sentido de comunidade internacional."

Às vésperas da convocação da 7ª cúpula do Brics, foram realizadas na Rússia a cúpula de jovens e o fórum não-governamental do Brics. Conforme Evandro, os países Brics enfrentam desafios comuns no seu caminho de desenvolvimento. A consolidação da diplomacia pública vai oferecer plataforma para discutir e resolver problemas, fazendo com que as qualidades do BRICS beneficiem muito mais áreas.

"A diplomacia pública é central para o desenvolvimento dos BRICS, em primeiro lugar o compartilhamento de saberes entre os países do BRICS tem um valor que não deve ser negligenciado porque, em muitos aspectos, vivemos desafios semelhantes no âmbito, por exemplo, da urbanização crescente da população, da redução da desigualdade, do desenvolvimento da tecnologia, no plano da saúde, da educação, entre outros temas. E as soluções adotadas com êxito em alguns dos países do BRICS podem ser muito mais interessantes para os demais observarem e aprenderem do que as soluções pensadas por países desenvolvidos, porque esses países desenvolvidos trabalham a partir de uma realidade diferente das nossas e não nos entendem verdadeiramente porque estão sempre referenciados neles mesmos.

Em outro aspecto, o intercâmbio entre os jovens e a cooperação de cientistas vai fortalecer a percepção que deveria ser mais evidente de que o mundo não se limita ao que acontece na Europa e nos Estados Unidos. Então, o intercâmbio de pessoas, em minha opinião, é o motor que gera a energia essencial que precisamos para transformar as nossas vidas."

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