O presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou nesta quartafeira (1), em Washington, que EUA e Cuba já chegaram a um acordo sobre a recuperação das relações diplomáticas, e que os dois países irão reabrir suas embaixadas nas duas capitais em 20 de julho.
Na coletiva à imprensa no mesmo dia, Obama afirmou que EUA e Cuba deram "um passo histórico". Ele disse: "Não podemos nos limitar pelo passado", "Tanto os norte-americanos como os cubanos estão bem preparados para avançar pela frente". De acordo com Obama, o secretário do Estado, John Kerry, irá visitar Cuba e participar da cerimônia de hasteamento de bandeira na embaixada dos EUA. Ele ainda pediu ao Congresso para cancelar o embargo de venda contra a Cuba.
O Ministério das Relações Exteriores de Cuba divulgou ontem (1) a carta enviada por Raul Castro a Obama, na qual Castro disse que as relações bilaterais devem se desenvolver sob o quadro da Carta da ONU e da Lei Internacional. Ele realçou alguns princípios de diretriz, como a igualdade soberana, a solução pacífica de disputa e a não interferência em assuntos internos.
Segundo uma declaração publicada pelo governo cubano, o restabelecimento das relações diplomáticas constitui apenas o primeiro passo para o longo e duro processo de renormalização das relações bilaterais entre Cuba e EUA. Uma vez que os EUA não cancelem o bloqueio e o embargo contra a Cuba, as relações bilaterais não poderão ser renormalizadas. O documento ainda sublinhou que os EUA têm que devolver a base naval de Guantánamo, fechar todas as rádios e TVs ilegais, deixar de promover ações de subversão contra Cuba e compensar as perdas sofridas pelo povo cubano.
Tradução: Florbela Guo
Revisão: Layanna Azevedo