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Desde o estabelecimento oficial das relações diplomáticas entre a China e a União Europeia, a então chamada Comunidade Econômica Europeia, no dia 6 de maio de 1975, os intercâmbios e cooperações sino-europeus marcaram os 40 anos. Durante as quatro décadas, a cooperação sino-europeia passou a ser uma parceria estratégica compreensiva, cuja essência principal é caracterizada pela paz, crescimento, reforma e civilização.
A chefe da missão da China para a União Europeia, a embaixadora Yang Yanyi, apontou que o diálogo e a cooperação são a principal corrente no relacionamento sino-europeu dos seus altos e baixos. Para a embaixadora, a compreensibilidade, a estratégia e a estabilidade, consistem em três principais características do relacionamento sino-europeu.
"Primeiro, as relações sino-europeias envolvem as áreas amplas em todos os sentidos e níveis. Existem três mecanismos de diálogos de alto nível, são eles, o diálogo estratégico, o diálogo econômico-comercial e o diálogo cultural. Segundo, tanto a China quanto a União Europeia estão tratando as relações bilaterais a partir de uma altura estratégica. Sustentamos o multilateralismo e propomos a promoção da ordem e do sistema internacional numa direção justa e razoável. Terceiro, ambas as partes pretendem consolidar e desenvolver as relações com base na confiança mútua e no respeito recíproco."
A economia e o comércio têm sido os pilares mais vigorosos e firmes do relacionamento sino-europeu. A União Europeia tem permanecido o primeiro maior parceiro comercial da China por vários anos consecutivos, enquanto a China tem sido o segundo maior do bloco durante vários anos. O volume comercial sino-europeu atingiu os 615 bilhões de dólares em 2014. No entanto, houve algumas disputas comerciais. Já em março, a Comissão Europeia anunciou a cobrança de imposto anti-dumping ao aço inoxidável importado da China. A embaixadora chinesa considera que as duas partes podem procurar interesses comuns, aceitando as diferenças existentes e lidar bem com as divergências.
Desde 2010, a China ascendeu para a segunda maior economia mundial. Aparecem cada vez mais rostos chineses no continente europeu e cada vez mais empresas chinesas entram no mercado europeu. O fato fez com que os europeus começassem a enxergar novamente o país oriental. Em consequência disso, surgiu também a teoria da chamada "ameaça chinesa". A embaixadora Yang entendeu que com o aprofundamento da interação e do conhecimento mútuo, a atitude positiva e otimista em relação à China são as principais tendências na Europa, o que reflete a confiança e a expectativa dos europeus para com a China.
Nos últimos anos, o governo chinês tem promovido a construção do Cinturão Econômico da Rota da Seda, com a intenção de estabelecer uma comunidade de destino comum com benefícios recíprocos que atravessa o continente eurasiático. Sendo o ponto final do Cinturão Econômico da Rota da Seda, a Europa desempenha um papel muito importante na concretização geral dessa estratégia. A embaixadora Yang apontou que por um lado, a União Europeia possui uma grande capacidade financeira e tecnológica, e por outro, necessita urgentemente de um projeto que possa promover o emprego e o crescimento. Por isso, a cooperação sino-europeia neste projeto trará benefícios e ganhos mútuos.
"Sob o ponto de vista da sua posição e papel, a Europa deve e é capaz de se tornar numa participante, construtora, promotora e colaboradora do projeto do Cinturão Econômico. Observamos contentemente que tanto a União Europeia como os seus integrantes deram uma resposta positiva e de apoio ao projeto. Pode-se dizer que existe uma conecção e ligação entre o desenvolimento europeu e o projeto. Assim que houver uma boa integração, o efeito será multiplicado."