Após a divulgação oficial do projeto da reforma política da Região Administrativa Especial de Hong Kong nesta terça-feira (22), os presidentes e vice-presidentes parlamentares dos 18 distritos administrativos de Hong Kong, bem como os seus 40 parlamentares pró-estabelecimento, manifestaram o seu pleno apoio à ideia. Os oficiais governamentais estão entrando na época de campanha para pedir a aprovação do projeto.

A Secretária de Administração de Hong Kong, Carrie Lam Cheng Yuet-ngor, participou nesta quinta-feira (23) na reunião parlamentar dos 18 distritos administrativos para pedir o apoio.

Segundo o projeto para a eleição do Chefe do Executivo de Hong Kong, para se tornar um candidato ao cargo, é necessário obter a nomeação de metade dos membros da Comissão de Nomeação. Para participar na seleção preliminar, no entanto, é necessária somente a recomendação dos 120 membros da Comissão. Segundo Lam Cheng Yuet-ngor, o projeto leva em consideração as opiniões de todas as partes.

"Cada membro da Comissão de Nomeação tem votos suficientes para apoiar os participantes. Por exemplo, se houver oito candidatos, ele pode dar votos a todos eles. É uma proposta muito solta, que também pode aumentar a concorrência."

Os presidentes e vice-presidentes parlamentares dos 18 distritos de Hong Kong divulgaram um comunicado conjunto em apoio ao projeto. O presidente do Parlamento do Distrito do Centro e do Oeste, Yip Wing-shing, afirmou:

"Nós apoiamos plenamente o projeto da reforma, e esperamos com sinceridade que os parlamentares legislativos apoiem também essa reforma, que permitirá aos 5 milhões de cidadãos de Hong Kong eleger o seu Chefe do Executivo em forma de "um voto por uma pessoa". Todos nós sabemos que a reforma política deve ser realizada gradualmente."

Parte dos cidadãos de Hong Kong expressaram também o desejo de o projeto ser aprovado.

"Será definitivamente um passo de progresso. Mas tudo leva tempo. Há que melhorar a situação passo a passo."

"Eu apoio o novo projeto da reforma política. E espero que os parlamentares votem a favor. No futuro, Hong Kong terá o sufrágio universal."

O Chefe do Executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, esteve ontem presente num condomínio popular para popularizar o projeto. Houve manifestantes no local. E Leung Chun-ying respondeu que a manifestação pouco civilizada não é um reflexo da democracia.

"Alguns manifestantes utilizam uma linguagem pouco civilizada para impedir que os outros falem. Isso não é uma forma da democracia. Estamos promovendo essa reforma em busca da democracia em Hong Kong. É importante ter um espírito inclusive."

Tradução: Inês Zhu

Revisão: Filipe Hu