tema0413 |
A China quer reforçar a cooperação com os países ao longo do "Cinturão Econômico da Rota da Seda" e da "Rota da Seda Marítima do Século XXI", a iniciativa com o título abreviado "Um Cinturão e Uma Rota". O fortalecimento das colaborações será concretizado em oito aspectos, nomeadamente a interligação na construção de infraestrutura.
Durante a reunião anual do Fórum Boao para a Ásia, realizado em março deste ano, a China divulgou as "Perspectivas e Ações para a Promoção Conjunta da Construção de "Um Cinturão e Uma Rota". O responsável pelo gabinete de liderança para a iniciativa do Conselho de Estado da China, Ou Xiaoli, foi um dos principais elaboradores do documento. Ele afirmou que "Um Cinturão e Uma Rota" será o programa geral para a abertura e para as cooperações econômicas da China com o exterior no futuro.
"Os governos locais da China vão concluir, até o final de outubro deste ano, a elaboração de seus planejamentos de desenvolvimento no contexto de 'Um Cinturão e Uma Rota'. A iniciativa servirá como o programa geral para a abertura e as futuras cooperações econômicas da China com o exterior.."
Ou Xiaoli disse que a China quer reforçar as colaborações com os países relevantes nas áreas como a interligação em construção de infraestrutura, o aprofundamento de colaborações no setor de energias, a ampliação de cooperações financeiras e o estreitamento de intercâmbios culturais, entre outros.
"Para promover a interligação na construção de infraestrutura, é preciso dar um impulso especial aos canais e aspectos fundamentais, a fim de acelerar a formação dos três canais, que ligam a China ao Mar Báltico, Golfo Pérsico e Oceano Índico. Já para reforçar as cooperações no domínio de energias e recursos, devemos ampliar e fomentar as colaborações nesta área com Ásia Central, Oeste Asiático e Rússia, ao consolidar os canais estratégicos para o transporte energético."
Cobrindo uma população de 4,4 bilhões de habitantes, o programa "Um Cinturão e Uma Rota" envolve mais de 60 países, cujo PIB totaliza US$21 trilhões. O vice-conselheiro-chefe do Centro Chinês para os Intercâmbios Econômicos Internacionais, Zhang Xiaoqiang, considerou que o programa "Um Cinturão e Uma Rota" pode oferecer um novo espaço para o desenvolvimento dos países relacionados.
"A iniciativa 'Um Cinturão e Uma Rota' associa, no leste, o círculo econômico do Leste Asiático, e se estende, ao oeste, para os círculos econômicos da Europa e América do Norte, criando um cinturão econômico considerável. Isso pode possibilitar um melhor aproveitamento das vantagens de cada região e desenvolver os potenciais de cooperações."
Até o momento, a iniciativa "Um Cinturão e Uma Rota" já recebeu a reação positiva de 60 países. O embaixador do Paquistão na China, Masood Khalid, saudou o planejamento e apontou que o projeto "Corredor Econômico China-Paquistão" é uma ponte importante para a construção de "Um Cinturão e Uma Rota".
"Cremos que o 'Corredor Econômico China-Paquistão' é uma boa forma de nos ajudar a salvar centenas de milhões de pessoas da pobreza e melhorar a vida do povo. O programa também é um meio significativo para combater o terrorismo e o extremismo, ao possibilitar mais empregos para os jovens e oferecer mais oportunidades a eles"