"As reformas fiscais e monetárias estão em andamento. Porém, os processos fundamentais de reestruturação e reequilíbrio devem ser esforços duradouros, que vão até a segunda metade desta década", analisou a agência em um relatório.
Após a crise financeira global, o crescimento econômico da China desacelerou e a alavancagem financeira aumentou, colocando uma nuvem sobre as perspectivas da economia nacional. No início de março, durante a sessão anual do principal órgão legislativo do país, o primeiro-ministro Li Keqiang prometeu um ritmo de crescimento econômico mais lento porém sustentável, denominando a situação de "nova normalidade".
A economia chinesa cresceu 7,4% em 2014, ritmo mais lento desde 1990. Para o ano de 2015, o governo definiu uma meta de 7%, com prioridade dada para a qualidade do crescimento.
Segundo a previsão da Moody's, o Produto Interno Bruto real do gigante asiático deve crescer menos, entre 6,5% e 7,0%, neste e no ano que vem, enquanto a inflação permanece em um nível reduzido, de um dígito. A agência acredita que as políticas específicas devem continuar amortecendo os efeitos macroeconômicos provocados pelo freio na concessão de empréstimos.
A Moody's considera que o elevado ritmo de crescimento da China nos últimos anos dependia em grande parte do investimento e expansão de créditos bancários. O relatório da agência afirma que os riscos econômicos dependem do endividamento de governos locais, desaquecimento do setor imobiliário, capacidade excessiva industrial e dívidas das empresas estatais.
Por Xinhua