Políticas amortecedoras da China dão tempo e espaço à reforma, diz Moody's
  2015-04-02 21:39:17  cri
As consideráveis políticas amortecedoras fiscais e exteriores da China estão oferecendo o tempo de transição que a reforma estrutural necessita, disse nesta quinta-feira a agência internacional de classificação de risco Moody's.

"As reformas fiscais e monetárias estão em andamento. Porém, os processos fundamentais de reestruturação e reequilíbrio devem ser esforços duradouros, que vão até a segunda metade desta década", analisou a agência em um relatório.

Após a crise financeira global, o crescimento econômico da China desacelerou e a alavancagem financeira aumentou, colocando uma nuvem sobre as perspectivas da economia nacional. No início de março, durante a sessão anual do principal órgão legislativo do país, o primeiro-ministro Li Keqiang prometeu um ritmo de crescimento econômico mais lento porém sustentável, denominando a situação de "nova normalidade".

A economia chinesa cresceu 7,4% em 2014, ritmo mais lento desde 1990. Para o ano de 2015, o governo definiu uma meta de 7%, com prioridade dada para a qualidade do crescimento.

Segundo a previsão da Moody's, o Produto Interno Bruto real do gigante asiático deve crescer menos, entre 6,5% e 7,0%, neste e no ano que vem, enquanto a inflação permanece em um nível reduzido, de um dígito. A agência acredita que as políticas específicas devem continuar amortecendo os efeitos macroeconômicos provocados pelo freio na concessão de empréstimos.

A Moody's considera que o elevado ritmo de crescimento da China nos últimos anos dependia em grande parte do investimento e expansão de créditos bancários. O relatório da agência afirma que os riscos econômicos dependem do endividamento de governos locais, desaquecimento do setor imobiliário, capacidade excessiva industrial e dívidas das empresas estatais.

Por Xinhua

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