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O dia 31 de Março será o último dia para à inscrição dos países no Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (BAII). Com a aproximação dessa data final, mais e mais países manifestaram sua disposição em se integrar à entidade. Esse foi também um dos temas mais discutidos no Fórum de Bo'ao para a Ásia, encerrado no dia 28 na província de Hainan. A elite chinesa e estrangeiros do setor político e econômico deram boas sugestões e propostas relativas ao futuro do BAII.
O presidente do conselho de administração do Banco Nacional para o Desenvolvimento da China, Hu Banghuai, considera que a estrutura econômica global está sofrendo mudanças, e que a Ásia contribuiu para a metade do crescimento econômico mundial. Ao mesmo tempo, mais de 50% do valor econômico total do mundo vem dos países em desenvolvimento e das novas economias. Para nos adaptarmos à demanda crescente de financiamento, precisamos de mais novas forças, como o BAII, na estrutura financeira multilateral.
"A demanda de financiamento na infraestrutura da Ásia e dos países em desenvolvimento tem crescido constantemente. Alguns especialistas prevêem que ainda precisarão de mais oito trilhões de dólares de investimento nos países asiáticos para que eles possuam infraestruturas adequadas. Atualmente, o Banco Mundial e o Banco Asiático de Desenvolvimento desempenham um papel importante. No entanto, eles não atendem as atuais demandas de financiamento. Por esta razão, precisamos estabelecer novas instituições financeiras."
A ex-premiê, Jenny Shipley, revelou que a Nova Zelândia foi o primeiro país desenvolvido que manifestou apoio ao BAII. Para ela, diante do grande mercado de infraestrutura, o país deve sair dos quadros antigos e estudar um melhor mecanismo para atender as grandes demandas.
"Desejamos participar da elaboração das regras. Não devemos prestar muita atenção a quem participa, mas estudar como melhorar a entidade. No final do ano, vamos elaborar algumas regras em relação ao financiamento e à liberação de empréstimos. Esses são aspectos que merecem atenção. Ao mesmo tempo, devemos definir o que é infraestrutura. Além de ruas, para mim, a energia e a comunicação móvel são também setores importantes."
Em relação à estrutura administrativa, o ex-premiê do Paquistão, Shaukat Aziz, considera que pessoas, inovação, transparência e poder de liderança serão elementos cruciais.
"Em relação a uma estrutura ideal, é crucial que se absorvam profissionais de primeira categoria no mundo. Segundo, a estrutura deve refletir a situação de hoje e de futuro, e não passado. Terceiro, deve ser totalmente transparente, e o último, a liderança é o ponto-chave para um bom banco."
O especialista dos EUA, Josette Sheeiran, prevê que os EUA poderão mudar sua atual atitude de ficar passivos em relação ao BAII. O pesquisador da Universidade de Cambrige, Martin Jacques, considera que os EUA devem aceitar o crescimento da China e participar do BAII. Sem a presença norte-americana, o BAII não formará uma verdadeira estrutura multilateral compreensiva.
Tradução: Li Jinchuan
Revisão: Denise Melo Rezende