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Nossa primeira parada foi o Centro Nacional de Ciência Espacial (NSSC) da Academia Chinesa de Ciências (CAS). Ali conhecemos um pouco da sua história e alguns êxitos alcançados como o desenvolvimento e o lançamento do primeiro satélite artificial chinês, Dongfanghong-1 (o Oriente Vermelho), em abril de 1970.
Em um dos nossos encontros, Cao Jinghua, vice-diretor do Bureau para Cooperação Internacional da Academia de Ciências da China, destacou algumas parcerias espaciais sino-brasileiras. Ele afirmou que atualmente a China está desenvolvendo o Projeto de Monitoramento do Ambiente Espacial do Meridiano com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) do Brasil. Ele realçou ainda que o INPE possui no hemisfério sul um laboratório próprio para monitoramento do ambiente espacial. Já a China tem está localizada no hemisfério norte. Assim, a cooperação entre os dois lados pode impulsionar efetivamente as pesquisas do ambiente espacial.
No nosso encontro com Wu Ji, engenheiro espacial e diretor do NSSC, ele destacou a cooperação sino-brasileira na área de satélite de recursos terrestres e mostrou-se confiante para o lançamento do satélite CEBERS-4, projeto desenvolvido pelos dois países. Segundo Wu, esse é um tipo de satélite aplicado para serviço de detecção à distância, a fim de pesquisar, explorar, aproveitar e administrar os recursos terrestres nacionais. Wu acrescentou que o desenvolvimento favorável desse projeto vai gerar dados que podem ser aproveitados para complementar e enriquecer as próprias pesquisas científicas desenvolvidas no NSSC.
Segundo Wu Ji, as cooperações entre os países em desenvolvimento são feitas com base no benefício recíproco. Assim, a China e o Brasil podem se empenhar para estabelecer complementaridade regional na parceria espacial, o que é favorável para o progresso científico de ambas as partes.
Nossa segunda parada foi no Instituto de Tecnologia de Computação da Academia de Ciências da China. Foi nesse lugar que nasceu o primeiro computador eletrônico digital da China e criou-se uma sólida base para pesquisa e desenvolvimento no país de computadores de alta performance. Pesquisadores do instituto nos apresentaram várias de suas pesquisas, nas diversas áreas sociais. Também podemos interagir com os resultados de algumas pesquisas científicas mais recentes, incluindo o desenvolvimento de tecnologia para leitura de rosto humano e tecnologias voltadas para facilitar a vida de portadores de deficiência auditiva e visual.
Ainda em Beijing, seguimos para nossa terceira estação, a empresa Sugon (Empresa Ltda. por Ações para Indústria Informática), que também foi originada no Instituto de Tecnologia da Computação. Atualmente, a Sugon se firmou como uma das principais empresas chinesas na área de alta tecnologia de informação. Durante nossa visita, o vice-diretor da entidade, Sha Chaoqun, apresentou um panorama sobre a história e os progressos da empresa nos últimos anos, além sobre os seus principais produtos, como o armazenamento de dados nas nuvens.
Finalizando a viagem, fomos dormir no observatório astronômico de Xinglong, na província de Hebei. Ali se encontra umas das principais conquistas científicas da China na área espacial, a construção do telescópio óptico mais potente do mundo, o Lamost. O engenheiro Chen, que há muitos anos trabalha nessa área, apresentou pacientemente para as características e finalidades desses e de um conjunto de outros telescópios existentes no observatório, que cada vez mais contribuem para desvendar partes ainda misteriosas do universo.
Jornalistas da Rádio Internacional da China visitam maior telescópio óptico do obervatório astronômico de Xinglong, Lamost
Primeiro satélite artificial chinês, Dongfanghong-1 (o Oriente Vermelho), em abril de 1970.
Tecnologias voltadas para facilitar a vida de portadores de deficiência auditiva e visual.
Wu Ji, diretor do NSSC (esquerdo) com representante da CRI
José Medeiros da Silva
Paulo Xie