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O porta-voz da Administração Estatal de Estatísticas da China, Sheng Laiyun, apresentou nesta terça-feira (21) o andamento da economia nacional nos primeiros três trimestres de 2014. Sheng Laiyun, também diretor do departamento de estatísticas integrais da economia nacional, informou que o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 7,4% nos nove primeiros meses, se comparado com o mesmo período do ano passado. A economia chinesa cresceu 7,3% no terceiro trimestre, um recuo de 0,2 pontos percentuais frente ao ritmo do segundo semestre. Para Sheng Laiyun, a economia chinesa encontra-se, em geral, em um nível estável.
De acordo com os cálculos parciais, o PIB chegou a quase 42 trilhões (41,9908) de yuans nos primeiros três trimestes. Já no primeiro período, entre janeiro e março, o PIB registrou um aumento de 7,4%. No segundo trimestre, cresceu 7,5%, enquanto o crescimento no terceiro trimestre foi de 7,3%. De acordo com Sheng Laiyun, apesar da desaceleração, o andamento econômico está numa faixa razoável. A razão do PIB ser o mais baixo registrado desde o primeiro trimestre de 2009, é uma consequência do reajuste estrutural ter ultrapassado as previsões.
"As consequências do reajuste estrutural expressam-se em dois aspectos. Primeiro, há o excesso da capacidade de produção nos setores tradicionais desde muitos anos. O problema continua evidente. Segundo, aumentou o efeito cumulativo do reajuste constante no setor imobiliário. Esses dois fatores podem influenciar a produção, consumo e investimento de empresas."
Sheng Laiyun considera que devemos olhar as grandes mudanças que estão acontecendo na economia chinesa por uma nova perspectiva:
"A estrutura industrial está gerando novas oportunidades. O peso do setor terciário está aumentando, cujo valor acrescentado é maior que o da indústria. O investimento começou a diminuir e o papel de alavanca de consumo ao crescimento econômico continua reforçado. O consumo final nos primeiros três trimestres contribuiram 48,5% para o crescimento econômico. A estrutura de distribuição de renda foi melhorada. A renda per capita dos chineses cresceu 8,2% neste mesmo período. Seu ritmo de crescimento é 0,8% maior que o crescimento do PIB.
Sheng apontou que essas mudanças são uma tendência do desenvolvimento econômico depois de passar por reajustes estruturais e transformações. Em relação à evolução econômica no quarto trimestre, Sheng prevê que o país ainda está num período de oportunidade estratégica. Por isso, é provável que a economia continue estável com crescimento rápido. Ele explicou:
"A China ainda não concluiu seu processo de industrialização e urbanização. Por isso, as novas quatro modernizações como a industrialização, urbanização, informatização e modernização agrícola continuam dando nova força motriz para o crescimento econômico. Estamos numa fase crucial para aprimorar a estrutura de consumo, razão pelo qual, o desenvolvimento do consumo voltado ao lazer e entretenimento ainda pode oferecer forças motrizes para esse crescimento. Além disso, as reformas e inovações realizadas pela nova liderança do governo vão dando novo vigor para o desenvolvimento econômico."