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Nos primeiros sete meses deste ano, o uso de investimento estrangeiro da China diminuiu, sobretudo em julho, quando a redução atingiu 10%. Há reportagens que atribuiu isso à deterioração do ambiente de investimento da China. No entanto, de acordo com os dados da Câmara Comercial da UE na China, 85% das empresas estrangeiras que investem na China são rentáveis e 90% delas estão dispostas a ampliar o investimento no país. Aliás, uma investigação da Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e o Desenvolvimento mostra que, entre 2013 e 2015, a China continua sendo um dos destinos mais atrativos de investimento no mundo.
O ministro adjunto do Comércio chinês, Wang Shouwen, apontou que para conhecer a situação de investimento estrangeiro no país não se deve ver apenas o valor utilizado, como também o valor de contrato assinado no mesmo período, pois, o primeiro indica a prática da intenção de investimento de alguns meses até alguns anos, e o último é justamente o que reflete a tendência do futuro. Ele salientou ter uma plena confiança na capacidade chinesa para atracão de investimento estrangeiro.
"Por que teve uma redução do investimento de janeiro a julho? Primeiro, por causa da redução do investimento na indústria transformadora. Segundo, porque o governo chinês lançou uma política no primeiro semestre permitindo a subscrição do capital registrado e dando maior liberdade aos investidores. De janeiro a julho deste ano, a utilização chinesa de investimento por contratos aumentou 11%, com isso, podemos ter uma plena confiança no futuro."
Wang Shouwen informou também que o Ministério do Comércio da China vai revisar as políticas relacionadas para proporcionar aos investidores estrangeiros um ambiente de concorrência mais justa. Ele revelou que atualmente três leis estão sendo modificadas, nomeadamente, a Lei das Empresas de Capital Estrangeiro, a Lei das Empresas de Joint-ventures e a Lei das Empresas Cooperativas Sino-estrangeiras.
"A modificação das três leis é um projeto legislativo importante no 12º Plano Quinquenal de Desenvolvimento da China. No futuro, as leis serão possivelmente renominadas como Leis de Investimento Estrangeiro, então, os documentos serão destinados aos investidores, ao invés de empresas."
No final de setembro, a Zona de Livre Comércio de Shanghai fará aniversário. Indagado se essa experiência piloto, no que respeito do investimento estrangeiro, será aplicada no restante do país, Wang Shouwen deu a seguinte resposta:
"Há um ano começamos uma experiência piloto de criar uma lista negativa das empresas na Zona de Livre Comércio de Shanghai. Agora, o Ministério do Comércio está resumindo essas experiências de Shanghai com outros departamentos para estudar se o modelo na Zona de Mais Importância ao Registro e Menos Importância à Aprovação deve ser praticado em todo o país."
Tradução: Florbela Guo
Revisão: José Medeiros da Silva