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Na primeira metade deste ano, os bancos chineses receberam depósitos de divisas no valor total de 964,5 bilhões de dólares, e venderam 776,3 bilhões de dólares, registrando um superávit de 188,3 bilhões de dólares. De acordo com o diretor-geral da Balança Internacional da Administração Estatal de Divisas, Guan Tao, o setor será acompanhado por flutuações na segunda metade do ano.
"O fluxo de capitais transnacionais da China vai continuar flutuando. Por um lado, a estabilização da economia chinesa, a recuperação do comércio exterior e o superávit existente vão trazer para a reserva nacional mais divisas. Por outro lado, existem ainda vários fatores de incerteza, como a alteração das políticas monetárias nas principais economias do mundo. "
Segundo os dados divulgados pelo Banco Popular da China, até o final de junho, a reserva de divisas da China atingiu 3, 99 trilhões de dólares, representando quase um terço do total das reservas mundiais.
Ao ser questionada sobre se a alta reserva de divisa se tornou num fardo para o governo chinês, a diretora do Instituto de Pesquisa do Investimento de Divisas, Tan Yaling, apontou que a reserva de divisas é uma ferramenta muito importante para resistir a eventuais crises financeiras, sobretudo para os países desenvolvidos.
"A vitória da China no combate à crise financeira asiática em 1997 e contra a crise financeira de Hong Kong está intimamente ligada à reserva de divisas do país. Não podemos ignorar a vantagem em manter uma certa quantidade de divisas na resistência à crise financeira. Porque a China não sofre com a crise financeira. Primeiro é por causa do sistema, que é relativamente fechado, e segundo porque temos um volume suficiente de divisas."
Na prática, os desafios da reserva de divisas da China não é a quantidade, mas uma gestão mais eficiente. Em relação a isso, Guan Tao adiantou que a entidade vai explorar mais meios para valorizar as reservas.
"Primeiro o controle de fluxo, com a esperança de equilibrar a balança comercial. Incentivamos o investimento estrangeiro na China, e incentivamos ao mesmo tempo o investimento no exterior. Segundo, a utilização mais eficiente das divisas já existentes."
Tradução: Laura
Revisão: João Pimenta