Canto do remorso perpétuo VI
2008-02-13 10:08:13    cri

Ao volver os olhos e tentar adivinhar o mundo dos homens,

ela não distingue mais Chang'an, apenas poeira e névoa.

Como testemunho do seu amor perene e profundo pede ao mensageiro que leve o cofre cravejado de pedras preciosas, Que entregue ao seu senhor o alfinete de ouro, ela conservara sempre a tampinha do cofre, uma haste do alfinete.

"Nossos corações nobres, preciosos como ouro e jóias,

no céu, ou entre os homens, um dia o inevitável reencontro."

Um último pedido ao mago na hora da partida: "Recorda ao meu príncipe o juramento secreto que fizemos outrora, no sétimo dia da Sétima Lua, no pavilhão da Vida Eterna, longe de todos, a meio da noite, trocamos nossa jura de amor,

prometemos, no céu, voar como duas aves com umas únicas asas, na terra, ser dois ramos entrelaçados de uma só arvore."

Céu e terra estender-se-ão por muitos, muitos séculos,

consumar-se-á um dia seu inevitável fim.

Apenas este lamento, este remorso perpétuo, eterno.

 
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