A calvície
2007-05-21 09:07:33    cri
A calvície

Bai Juyi

De madrugada, um suspiro, os cabelos caindo,

Ao crepúsculo, um suspiro, os cabelos caindo.

Como receei o desaparecer dos últimos cabelos!

Agora não importa, já caíram todos.

Nunca mais o incómodo de os lavar e secar,

Um pente cansado jaz de lado, para sempre,

Nos dias quentes, húmidos,

Não sinto madeixas pesadas na cabeça.

Deitei fora os laços manchados, as franjas poeirentas.

Guardo em jarros de prata a água pura dos regatos

E acaricio o cabeça calva com gotas de chuva,

Baptizando-me na água de lei de Buda.

Agora entendo por que os monges, em busca da paz,

Rapam a cabeça para libertar o coração.

 
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