A China está fazendo esforços para enfrentar a situação grave de emprego, resultado da intensificação dos impactos da crise financeira global sobre a economia. Medidas foram adotadas pelo governo chinês para manter a taxa de desemprego registrada da zona urbana abaixo de 4,5%.
Em coletiva à imprensa organizada hoje (20) pelo Conselho de Estado, um alto funcionário do Ministério de Recursos Humanos e Seguridade Social afirmou que entre janeiro e setembro deste ano, a situação de emprego da China se manteve estável, com uma taxa de desemprego de 4% registrada na zona urbana. Desde outubro, no entanto, a situação de emprego do país vem se agravando, já que o aumento do número de postos de emprego teve uma queda acentuada. A demanda por trabalhadores e o número de postos das empresas diminuíram rapidamente. É a primeira vez que esta situação aparece nos últimos anos.
O vice-ministro do Ministério de Recursos Humanos e Seguridade Social, Zhang Xiaojian, afirmou que as entidades relacionadas planejam tomar quatro medidas principais para atenuar a pressão atual.
"Primeiro, ajudar por todos os meios as empresas que já suspenderam ou reduziram sua produção para evitar a saída de empregados. Segundo, associar efetivamente a promoção do emprego e a ampliação da demanda interna e apoiar as empresas em desenvolvimento ou com boa situação de operação. Terceiro, reforçar o suporte de políticas e serviços relacionados e coordenar o emprego de todos os habitantes. Quarto, realizar, em toda a sociedade, qualificação profissional de grande escala."
A atual taxa de desemprego registrada na zona urbana não incluiu os mais de 200 milhões de trabalhadores migrantes do campo que trabalham nas cidades. O setor mais influenciado pela crise financeira é o de empresas de mão-de-obra intensiva. Nessas empresas também se concentram muitos trabalhadores migrantes da zona rural. Devido ao declínio do número de obras, muitos trabalhadores migrantes começaram a regressar a sua terra natal, tornando-se as primeiras vítimas da turbulência.
O ministro de Recursos Humanos e Seguridade Social da China, Yin Weimin, destacou que embora ainda não haja uma onda de regresso de trabalhadores migrantes à terra natal, o número dessa parcela de empregados vem aumentando. Segundo ele, o fenômeno está preocupando as entidades relacionadas.
"Já tomados medidas em dois aspectos. Primeiro, acompanhar e orientar de forma efetiva o fluxo de trabalhadores migrantes e lhes oferecer direção e ajuda a seu emprego. Já ordenamos às regiões de importação de mãos-de-obra que proporcionem auxílios aos trabalhadores migrantes desempregados, tais como informações de emprego. Segundo, para as regiões de exportação de mãos-de-obra, também urgimos as entidades de garantia do trabalho a criar plataformas de emprego aos que regressem."
Yin revelou que as entidades de garantia do trabalho de todas as regiões vão reforçar a formação profissional para os trabalhadores migrantes a fim de elevar sua qualificação e ajudá-los a encontrar novos empregos. Ao mesmo tempo, a proteção aos direitos legais desses habitantes será fortalecida.
Mais de dez dias atrás, o governo chinês lançou um pacote de incentivo à economia de quatro trilhões de yuans, buscando impulsionar o crescimento econômico com o aumento do investimento na construção de infra-estrutura e ampliação da demanda doméstica.
Quanto a isso, Zhang Xiaojian disse que, a julgar pelas políticas macroeconômicas do país e a situação atual, não é difícil cumprir a meta de manter a taxa de desemprego abaixo de 4,5% neste ano. Ele também indicou que a implementação das medidas para estimular a procura interna contribuirá para o emprego no ano que vem.
"Levando em consideração a situação relativamente boa do desenvolvimento econômico do país, especialmente as dez medidas a ser adotadas pelo país para puxar a demanda interna, prevê-se que a capacidade impulsora da economia sobre o emprego se manterá em 2009. Ao mesmo tempo, continuaremos com as medidas ativas de emprego."
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