China lança pacote de 4 trilhões de yuans de incentivo à economia
2008-11-11 17:29:18    cri
A China lançou no dia 9 um pacote de quatro trilhões de yuans de incentivo à economia. A iniciativa chamou a atenção da comunidade internacional. Analistas elogiaram o pacote e consideraram que a ação vai ajudar no restabelecimento da confiança do mercado e na manutenção do crescimento contínuo e estável da economia. Segundo eles, diante da crise financeira internacional, o aumento dos investimentos chineses em infra-estrutura vai contribuir para a ampliação da demanda doméstica e para compensar a falta de demanda externa devido à crise financeira.

Com o impacto da crise financeira internacional, a economia chinesa mostrou sinais de desaceleração. O aumento dos custos e a queda dos lucros já influenciaram a capacidade de investimento de algumas empresas, resultando na contenção do crescimento do consumo. Atualmente, os setores de siderurgia, energia e automotivo já mostram tendência de declínio.

O diretor do Instituto de Pesquisas do Desenvolvimento de Indústrias da Comissão Nacional para o Desenvolvimento e a Reforma da China, Hu Chunli, considera o lançamento do pacote uma medida oportuna diante da situação da economia nacional e das influências da crise financeira internacional, emitindo um forte sinal de manutenção do crescimento econômico.

"A crise financeira internacional, iniciada nos EUA e na Europa, já teve impactos sérios sobre a economia da China. Nesta situação, é preciso adotar medidas firmes para manter a tendência de crescimento econômico e encontrar novos pontos de incremento com a demanda externa fraca."

Segundo o programa, a China liberará um total de quatro trilhões de yuans até o final de 2010 para investimentos em dez áreas principais, como infra-estrutura, transporte público, meio ambiente, reconstrução pós-calamidade, melhora das condições de vida e aumento do nível geral de renda da população. Ao mesmo tempo, a China passou a adotar políticas financeiras ativas e tornar sua política monetária estrita a moderadamente relaxada.

Analistas ponderaram que um dos pontos de destaque do pacote é o investimento na garantia das condições da vida da população. As medidas incluem aceleração da construção de habitações, promoção da construção de infra-estrutura na zona rural e aumento do investimento em educação e saúde. O vice-diretor do Centro de Pesquisas de Desenvolvimento do Conselho de Estado, Liu Shijin, disse que as medidas mostram que o governo chinês não se esqueceu de priorizar os interesses do povo ao impulsionar o desenvolvimento econômico.

"Uma das características importantes deste esforço para ampliar a demanda doméstica é a melhora das condições de vida da população. Os chineses vão se beneficiar significativamente com as dez medidas. Por exemplo, é preciso fortalecer o investimento em habitações. Além disso, devemos intensificar o investimento em saúde e educação. Atualmente, habitação, educação, saúde e velhice são os aspectos cruciais da vida da população."

De acordo com analistas, o fato de a China optar pelo momento antes da Cúpula do G20 para divulgar o pacote de incentivo à economia mostra sua imagem de potência e responde, ao mesmo tempo, ao pedido do exterior por esforços do país para combater a crise financeira.

O economista-chefe da Administração Estatal de Estatísticas da China, Yao Jingyuan, afirmou que ainda é cedo para saber quais serão os efeitos do pacote de incentivo à economia, mas a situação básica da economia chinesa é boa, com grande potencial de demanda interna e um setor financeiro geralmente estável. Por isso, a China tem confiança para enfrentar a crise financeira.

"A nossa confiança tem origem em dois aspectos: em primeiro lugar, os Estados Unidos. O motivo fundamental das dificuldades atuais para a China é a crise hipotecária norte-americana. Se a economia dos EUA sair da crise, o desenvolvimento econômico da China terá um ambiente favorável externo. A confiança também vem do nosso próprio potencial. Somos capazes de tratar de forma apropriada as questões e esta é a fonte da nossa confiança."

 
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