A China continuará enviando equipes médicas para os países africanos para ajudá-los a desenvolver os serviços de saúde, informou recentemente o porta-voz do Ministério de Saúde, Mao Qun'an, em um comunicado sobre o Fórum de Cooperação China-África. Segundo a mesma fonte, a China reformará o funcionamento das equipes médicas para preencher de forma mais adequada os requisitos africanos.

Na quarta reportagem da série de programas especiais "Consolidando a Amizade, Buscando o Desenvolvimento Comum", transmitiremos médicos chineses em Moçambique.

A China enviou cerca de 15 mil médicos para a África desde que sua primeira equipe desembarcou na Argélia, em 1963. Os médicos chineses atuaram em quarenta e sete países africanos como Moçambique, Guiné Bissau, Marrocos, etc., atendendo 170 milhões de pessoas.

Aproximadamente 950 médicos chineses continuam atuando em 36 países africanos, morando nas cidades ou nas aldeias, nas planícies ou desertos, cumprindo com seus deveres e transmitindo a amizade do povo chinês aos povos africanos.

Ao conceder uma entrevista exclusiva à nossa reportagem, o funcionário do Departamento de Saúde da província de Sichuan, Zhao Xinjie, assinalou que a pedido do Ministério de Saúde da China, sua entidade é responsável pela aplicação dos programas de cooperação entre a China e os países africanos de língua portuguesa no setor de saúde pública. Ele disse:

"A China enviou, em 1976, a primeira equipe de assistência médica a Moçambique. Até agora, 250 médicos chineses em 16 equipes têm trabalhado naquele país. Nos últimos 30 anos, os médicos chineses atenderam cerca de 1,3 milhão de doentes locais. Acredito que o Fórum China-África aprofundará a cooperação e a amizade entre os dois países."

Sun Mingwei é o chefe da atual equipe médica chinesa em Moçambique. Sua equipe conta com 14 médicos cirurgiões, incluindo ortopedistas, anestesistas, ginecologistas e clínicos gerais. Ele desembarcou naquele país em setembro deste ano e começou seus trabalhos num hospital local imediatamente. Ele disse:

"Logo depois da minha chegada a Maputo, comecei enfrentando muitos trabalhos. Atendo agora diariamente 20 ou 30 pacientes de consulta de emergência e mais de 60 pacientes na clínica. Eu e meus colegas almoçamos em turnos para reduzir o tempo de espera aos pacientes. Apesar do cansaço, estamos contentes por poder dar nossas ajudas aos pacientes africanos."

O Hospital Central de Maputo, onde a equipe médica trabalha, é o maior do país. O complexo hospitalar serve de residência aos alunos de medicina de Moçambique. Sun diz que o hospital possui os equipamentos médicos básicos, similares ao de Sichuan, sua terra natal.

Segundo ele, o atendimento dos pacientes é gratuito. Geralmente, os pacientes gastam pouco dinheiro com os exames e com os remédios. A internação também é gratuita.

Os trabalhos dos médicos chineses em Moçambique contam sempre com o apoio do governo moçambicano. O funcionário Zhao afirmou:

"Desde a chegada da primeira equipe médica chinesa a Moçambique, o governo moçambicano dá sempre muita atenção para com os médicos chineses. Os funcionários do governo local visitaram-nos em hospitais, conhecendo as condições de vida e trabalho, o que emocionou os médicos chineses".

A população moçambicana agradece as ajudas dos médicos chineses. Eles consideram que os médicos chineses são simpáticos e diligentes. O chefe Sun lembrou:

"Quando passeamos na rua, habitantes locais sempre nos cumprimentam "Olá, médicos chineses". No trabalho, fazemos amizade com o povo moçambicano, além de curar doenças".

No trabalho, médicos chineses trocam as experiências profissionais com seus colegas moçambicanos. E o governo chinês acolhe os médicos africanos a visitarem à China. O funcionário Zhao salientou:

"A partir de 2003, 16 médicos moçambicanos vieram a Sichuan para participar dos cursos de acupuntura e prevenção contra a Aids, o que aumentou o intercâmbio na arena médica entre ambas as partes."

Segundo Zhao, o ministro moçambicano de Saúde, Paulo Ivo Garrido, visitou Sichuan no ano passado, mantendo as conversações com os médicos que trabalhavam em Moçambique, e agradecendo-os por suas ajudas.

O chefe da equipe médica chinesa em Moçambique, Sun, manifestou ir tentar ao máximo cumprir sua missão. Ele destacou:

"Há mais de trinta anos a China vem ajudando Moçambique na área médica. Nossos predecessores contribuíram desinteressadamente e trabalhavam silenciosamente. Eles criaram um laço profundo entre os dois países, produzindo as cooperações e intercâmbios econômicos e comerciais, mantendo o grande intercâmbio com a assistência das equipes médicas chinesas. Vamos fazer todo o possível para realizar a nossa missão e preservar esta tradição".

Caro ouvinte. Os médicos chineses continuarão ajudando os amigos africanos a passarem uma vida sadia e alegre. Assim tivemos a quarta reportagem da série de programas especiais "Consolidando a Amizade, Buscando o Desenvolvimento Comum".

Muito obrigada pela atenção dispensada! Até amanhã!