China Radio International
(GMT+08:00) 2005-12-28 09:32:23    
Proteção e desenvolvimento dos idiomas de minorias étnicas da China

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Estamos ouvindo uma canção mongol divulgada na internet que é cantada por uma família. Em ritmo suave e de melodia agradável, esta canção é intitulada de "Três preciosidades" e é muito apreciada pela população chinesa. Portanto, como a China protege e desenvolve as línguas das minorias nacionais, no programa Nova China de hoje vamos apresentar uma reportagem a este respeito.

A China, um país multinacional que possui 56 minorias étnicas, sendo a maior delas a etnia Han que representa mais de 90% da população chinesa, as 55 outras minorias nacionais formam os quase 10% restantes.

A maior parte das minorias possuem um idioma próprio. Existem na China mais de 80 línguas e mais de 20 diferentes escritas. Além da língua han, muitas minorias nacionais falam também seu próprio idioma. Por exemplo, a nacionalidade mongol tem sua própria língua e escrita, mas com o desenvolvimento social, a língua mongol acabou introduzindo novos vocabulários.

Você está apreciando a canção apresentada em ritos de sacrifício por Mans que vivem no nordeste do país. A China conta com mais de 10 milhões de Mans, mas apenas 100 pessoas sabem falar a língua mongol.

A língua man falada há mais de 200 anos foi uma das línguas oficiais da dinastia Qing. Mas, com o fim desta dinastia, muitas pessoas deixaram de usar esta língua. Mesmo assim, há muitos dados sobre isso. Para conhecer melhor a história da língua man que está à beira da extinção, o governo chinês mandou publicar dicionários e CDs audiovisuais de língua man. Além disso, especialistas mans empenham-se em pôr em ordem a língua e a escrita da etnia man com a finalidade de transmiti-las de geração para geração. A diretora do gabinete das línguas étnicas da China, senhora An Qingping disse a nossa reportagem: "Segundo a Constituição e a lei de autonomia regional étnica, as línguas e as escritas das minorias nacionais devem ser protegidas. Os chineses têm a plena liberdade de usar suas línguas, ninguém tem o direito a alterar as línguas étnicas".

Segundo as estatísticas, na China, mais de 50 milhões de pessoas de minorias étnicas usam a própria língua. O governo chinês tem adotado diversas medidas para a garantir o livre uso das línguas das minorias nacionais. Muitos documentos governamentais foram apresentados em língua Mongol, Tibetana, Uigur, Cazaque, Coreana, Zhuang e Yi. E em importantes reuniões do governo, há sempre a tradução simultânea da língua han para línguas étnicas.

Para desenvolver constantemente as línguas de minorias nacionais, desde a década de 50, o governo chinês começou a estudar este assunto e pôr em ordem os dados a este respeito. Na China há instituições especiais que se responsabilizam pela orientação e investigação de estudo de línguas étnicas. Nas escolas primárias e secundárias de regiões de minorias nacionais, os professores dão aulas sempre em língua local. A Universidade das Nacionalidades da China também ministra cursos de pós-graduação para estudantes de minorias étnicas. Por exemplo, o professor Zhou Jia Cairang desta universidade dá aulas na língua tibetana. Ele disse: "Meu trabalho principal é ensinar religião, história e cultura Tibetana, assim como a técnica de tradução de chinês para tibetano. Os alunos formados vão trabalhar em setores de estudo da cultura tibetana".

Atualmente, rádios de diversos níveis apresentam diariamente seus programas em 21 idiomas de minorias nacionais. Mais de 80 editoras publicam jornais, revistas, livros e CDs audiovisuais em 15 idiomas escritos.

É muito urgente a informatização dos idiomas étnicos. Com 20 anos de trabalho, algumas línguas étnicas já foram informatizadas, caracterizando-se pelo lançamento de softwares correspondentes, alguns dos quais já entraram no mercado. A senhora An Qingping afirmou: "Quase todas as línguas de minorias nacionais funcionam sob o sistema Windows. As pessoas podem visitar o site em línguas uigur, coreana, mongol e etc. Os internautas podem até conversar nestas línguas com outras pessoas pela internet. Diante de uma época de grande desenvolvimento, os idiomas escritos e falados das minorias nacionais devem continuar a serem desenvolvidos e protegidos."