China Radio International
(GMT+08:00) 2005-06-08 09:59:48    
Mais de 30% das crianças com deficiência chinesas não possuem acesso a tratamento

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Li Qing, 15 anos, porta um aparelho contra surdez. Filha de pais com deficiência auditiva, também tornou-se deficiente aos 3 anos em virtude de uma febre. Na época, a avó a enviou para um Centro de Pesquisas e Recuperação de Crianças Portadoras de Deficiência Auditiva. Após dois anos de tratamento, Li passou a freqüentar a escola como as demais crianças. Atualmente, ela é uma secundarista de um bom desempenho.

Mas, a maior parte das crianças deficientes não teve a sorte de Li. O vice-presidente do Conselho da Federação Nacional de Deficientes da China, Cheng Kai, disse que segundo a pesquisa da entidade, cerca de 35% das crianças deficientes não tem acesso a nenhum tratamento de recuperação. Entre as que recebem o tratamento, a maior parte é tratada em casa, pois apenas 14% são atendidas em institutos especializados.

A China conta como 1,4 milhão de crianças portadoras de deficiência entre 0 e 6 anos. Anualmente, cerca de 200 mil crianças apresentam o mesmo problema. O setor encarregado da recuperação dessas crianças permanece muito atrasado, tendo formado basicamente um sistema para recuperação de surdez por intermédio de 1.700 centros multidisciplinares que atendem casos de deficiência visual etc.

Nos últimos anos, sob o apoio das autoridades responsáveis e diversos setores da sociedade, algumas regiões do país estabeleceram centros de recuperação que oferecem assistência às crianças deficientes e apoio financeiro às suas respectivas famílias. No âmbito nacional, entretanto, não há leis ou regulamentos que garantam assistência ou tratamento às crianças deficientes.

Além disso, os pais desempenham um papel insubstituível no processo da recuperação dessas crianças. Devido às diversos motivos, a taxa de popularização de conhecimentos sobre a recuperação das crianças deficientes entre os pais é muito baixa.